José Sena Goulão / Lusa

O secretário-geral do Partido Comunista Português (PCP), Jerónimo de Sousa
O PCP vai entregar quatro propostas e um projeto de lei para que o Governo adote medidas para auxiliar as pequenas e médias empresas após ouvir as queixas dos pequenos e médios empresários.
De acordo com a TSF, o PCP recomenda ao Governo que avance com medidas como a redução de renda, a suspensão de contratos de telecomunicações e a garantia de que os apoios chegam às pequenas e médias empresas.
O deputado Bruno Dias pediu, em declarações à rádio, urgência e rapidez e explicou que o apoio no pagamento das rendas também tem de ser alargado a todos. “O apoio deve-se aplicar a todas as pequenas e médias empresas, incluindo empresários em nome individual, mesmo com contabilidade simplificada e sem trabalhadores a cargo. Deve-se acabar com as exceções que estão hoje em vigor”, disse.
Os comunistas propõem ainda que seja possível suspender os contratos de telecomunicações sem penalização enquanto as empresas estão fechadas.
O PCP quer também que o Governo mantenha abertos todos os setores essenciais para evitar concorrência desleal. “Avaliando os setores e atividade de bens e serviços que respondem a necessidade e bens essenciais, que foram encerrados por decreto. Pode-se propiciar uma espécie de concorrência desleal de quem está com a porta aberta e vende esses mesmos serviços”, afirmou Bruno Dias.
Por fim, o partido pediu que o processo para pedir apoios seja simplificado, de forma a eliminar a burocracia, uma vez que, segundo o deputado comunista, a tecnologia tem sido um obstáculo. “Há uma enorme dificuldade em comunicar com a administração, com todos os portais na Internet. Mesmo quando a tecnologia vem ao barulho, parece ser mais um obstáculo do que uma solução”, lamentou.
O PCP sugeriu, por isso, a criação de uma rede de contacto e apoio para os empresários.
Bruno Dias voltou ainda a apelar ao desconfinamento da economia, recordando as palavras de Jerónimo de Sousa numa entrevista à TVI esta semana: “Como é que se admite que se chegue a um ponto em que se tem mais medo de viver do que medo de morrer?“.