Uma médica palestiniana de 21 anos foi assassinada a tiro enquanto socorria os feridos junto à Faixa de Gaza. As autoridades israelitas, acusadas da sua morte, já garantiram que vão investigar.
Razan al-Najjar era uma paramédica palestiniana com presença assídua nos protestos na Faixa de Gaza, junto à fronteira com Israel. “Era” porque, na passada sexta-feira, a jovem foi alegadamente assassinada a tiro por um militar israelita quando socorria vários feridos.
No último sábado, milhares de pessoas juntaram-se no funeral da médica de 21 anos. Profissionais de saúde, vestidos com os seus uniformes brancos, marcharam na procissão, segurando bandeiras palestinianas e fotografias da colega. Segundo o Washington Post, o pai também esteve presente, com o seu uniforme nas mãos, outrora branco e agora manchado de vermelho pelo sangue da filha.
De acordo com o jornal norte-americano, as fotografias do local imediatamente depois de a paramédica ter sido abatida mostram um grupo de homens a carregar a voluntária. Testemunhas afirmam que a jovem foi abatida com um tiro no peito.
No dia do funeral, as autoridades israelitas asseguraram que vão investigar esta morte mas defenderam que o Exército trabalha “de acordo com os procedimentos operacionais”.
“As IDF (Forças de Defesa Israelitas) trabalham constantemente para desenhar operações e reduzir o número de baixas na faixa de segurança de Gaza”, afirmam num comunicado, citado pelo jornal. “Infelizmente, a organização terrorista Hamas deliberada e metodicamente coloca civis em perigo“, acrescentam.
No mês passado, o New York Times entrevistou a paramédica em Gaza, uma das únicas profissionais do sexo feminino que entrava em ação nas emergências durante os protestos.
“Nós só temos um objetivo: salvar vidas e evacuar as pessoas”, afirmava. “E enviar uma mensagem ao mundo: sem armas, podemos fazer qualquer coisa“.
Na mesma entrevista, Razan acrescentou que Gaza precisava de mais médicas como ela. “A força que mostrei como socorrista no primeiro dia dos protestos, eu desafio-vos a encontrar uma outra pessoa assim”.
Depois da sua morte, um outro voluntário médico, Izzat Shatat, contou à Associated Press que os dois estavam a planear anunciar o seu noivado no fim do Ramadão. Após ter sido transportada para o hospital, Razan acabaria por falecer na sala de operações.
Mais de 115 pessoas morreram desde que começaram os protestos na Faixa de Gaza, tendo-se intensificado, em maio passado, quando os EUA mudaram a sua embaixada de Tel Aviv para Jerusalém.
No dia da inauguração da embaixada morreram 60 pessoas, naquele que foi o dia mais negro em Gaza, desde a operação militar israelita “Margen Protector“, em que morreram mais de dois mil palestinianos em 50 dias.
O enviado especial da ONU ao território palestiniano, Michael Lynk, chegou mesmo a acusar Israel de ter levado a cabo uma “matança intencional”.
Esta morte era previsivel. O estado de israel sendo comprovadamente um estado criminoso e assassino, mandou de certeza que esta medica fosse assassinada, já que uma das especialidades destes terroristas é abater pessoas desarmadas e principalmente aquelas que salvam vidas. Portanto nada de admirar. O mundo é que nao pode continuar que um estado assassino ocupe territorios que nao lhe pertencem, que construa casas nesses terrenos, e pior de tudo assassine a seu bel prazer os donos desses territorios. Têm de ser parados, o Irão e outros paises arabes e muçulmanos têm que fazer alguma coisa.