Rapper norte-americano confessa envolvimento na morte de Tupac

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Tupac Shakur

O rapper norte-americano Duane Keith Davis confessou ser cúmplice do assassinato de Tupac Shakur, que morreu em 1996.

O rapper Tupac Shakur morreu em 1996, aos 25 anos, assassinado a tiro dentro do carro. Foram várias as teorias e investigações paralelas que surgiram em torno da sua morte, motivadas pela falta de provas oficiais.

Agora, a morte daquele que é considerado por muitos como o melhor rapper de todos os tempos deixa de ser um mistério. Duane Keith Davis, rapper norte-americano conhecido pela alcunha Keefe D, revelou ter testemunhado o homicídio de Tupac, a partir do carro de onde foram disparadas as balas que mataram o rapper.

Segundo o Jornal de Notícias, a revelação foi avançada pelo próprio numa série documental originalmente distribuída nos Estados Unidos, em maio, e posteriormente comprada pela Netflix. Unsolved: the Tupac and Biggie Murders debruça-se não só nas investigações do homicídio de Tupac como também do rapper Biggie, também assassinado, em 1997.

Keefe D não revela a identidade do culpado e admite ser a única pessoa viva que pode falar sobre o que aconteceu no dia da morte do rapper. “Era o chefe do crime em Compton (Califórnia), traficante de drogas, e sou o único que pode contar a história da morte de Tupac”, disse no documentário, em declarações citadas pela revista NME.

“Estava no carro de onde vieram os tiros que mataram Tupac e sei quem apertou o gatilho. Não posso nomear o atirador, porque esse é o código das ruas”, continuou. O rapper norte-americano adianta que a razão para a confissão, passado tanto tempo, foi o seu recente diagnóstico de cancro. “O que me importa agora é a verdade.”

Keefe D revelou ainda que a doença lhe concede imunidade no processo.

Em entrevista ao site The Wrap, Kyle Long, criador do documentário em questão, disse que há elementos que são questionáveis, mas “é certo que o Keefe D e os Southside Crips mataram o Tupac”. E afirmou: “é chocante que o Keefe D não esteja na prisão“, confirmando assim a questão da imunidade que protege o rapper.

7 de setembro de 1996

Na noite de sete de setembro de 1996, Tupac Shakur tinha acabado de sair do hotel casino MGM Grand Las Vegas, quando se envolveu numa discussão com um membro do gangue “Southside Crips”, do qual Keffe D fazia parte. A discussão foi seguida de agressão.

Mais tarde, o grupo decidiu ir ao encontro do rapper e seguiu-o de carro. Keefe D ia no banco de pendura, ao lado de Terrence Brown, e atrás iam DeAndre Smith e Orlando Anderson, o elemento que discutiu com Tupac.

Quando encontraram o BMW onde seguia o famoso rapper, ao lado do empresário Suge Knight – que também é suspeito em várias teorias sobre o homicídio – aproveitaram um semáforo vermelho para pararem ao lado do carro e dispararem. Tupac acabou por morrer no hospital, seis dias depois.

O corpo de Tupac Shakur foi cremado e as cinzas foram misturadas com marijuana e fumadas pelos elementos do grupo Outlawz, cumprindo aquele que era o desejo do rapper.