Rangel critica Rio por fazer “ataque quase pessoal” a Marcelo

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ppdpsd / Flickr

O candidato à liderança do PSD, Paulo Rangel

O candidato à liderança do PSD, Paulo Rangel

O candidato a líder do PSD, Paulo Rangel, criticou Rui Rio por fazer um “ataque quase pessoal” ao Presidente da República. “Eu, ao contrário de outros, respeito as instituições.”

Em declarações aos jornalistas em Vila Viçosa, no distrito de Évora, Paulo Rangel acusou Rui Rio de estar a protagonizar, juntamente com a sua direção, um “ataque quase pessoal” a Marcelo Rebelo de Sousa, numa “tentativa de condicionamento censurável”.

“É uma coisa inaudita, invulgar, não me recordo de haver lideranças políticas a fazer um ataque quase pessoal ao Presidente da República como tentativa de condicionamento”, disse, citado pelo Expresso.

Ao contrário do atual líder, disse, Rangel irá respeitar e aceitar qualquer que seja a decisão do Presidente da República, a quem compete marcar a data das eleições legislativas antecipadas.

“Qualquer que seja a decisão do Presidente da República eu respeitarei e cá estarei como candidato para trabalhar nela. Não me preocupa minimamente, estou naturalmente expectante porque é uma decisão importante para o país, mas respeito o critério usado pelo Presidente da República, que será o critério do interesse nacional”, salientou o candidato social-democrata.

Paulo Rangel considerou ainda que o atual cenário político, próximo de legislativas antecipadas, “não é semelhante” ao de 2019, quando se opôs às eleições internas no partido, pela proximidade das europeias.

“O cenário não é semelhante. Estão a comparar-se coisas incomparáveis. Em 2019, havia uma moção de censura, não havia eleições normais”, justificou.

O eurodeputado foi questionado pelos jornalistas sobre uma notícia antiga, de 2019, quando era cabeça de lista do partido nas eleições europeias, que foi republicada, na terça-feira, pelo atual presidente do PSD, Rui Rio, no Twitter.

“Em 2019, não era possível fazer eleições internas por estarmos a quatro meses das europeias. No Conselho Nacional, não havia problema, porque não ia haver legislativas. Agora, há legislativas dentro de três meses, “Em 2019, não era possível fazer eleições internas por estarmos a quatro meses das europeias. No Conselho Nacional, não havia problema, porque não ia haver legislativas. Agora, há legislativas dentro de três meses, mas já se pode misturar tudo”, escreveu Rio, a acompanhar a notícia.”, escreveu Rio, a acompanhar a notícia.

Esta quarta-feira, Rangel referiu que “quem marcou estas eleições” foi o presidente do partido, sublinhando que estas explicações “facilmente mostrariam como se está a comparar o incomparável”.

“Quem marcou eleições, é quem abriu o processo. Não foi ninguém de fora. Foi o presidente do partido, aliás, é o normal, porque, de dois em dois anos, tem que haver eleições. Não vamos suspender a democracia no PSD”, assinalou.

Paulo Rangel falava aos jornalistas à margem de uma visita a uma pedreira perto de Vila Viçosa, depois de ter sido recebido nos Paços do Concelho pelo presidente desta câmara municipal, Inácio Esperança, eleito pela coligação PSD/CDS-PP/PPM/MPT, e antes de um encontro com militantes em Évora.

No próximo sábado, o PSD reúne-se em Conselho Nacional extraordinário para discutir a eventual antecipação do congresso.

ZAP //

3 Comments

    • O Rui Rio continua a achar que pode dizer tudo sobre toda a gente. Nem ele nem o Marcelo prestam. Politicamente, são uma nulidade. Devem ter inveja da oratória do Rangel…

      • Inveja da “oralidade” de um advogado manhoso e oportunista?!
        Olha que bela “oralidade”:
        “Paulo Rangel. “Apoio Rui Rio. Ele tem uma visão de médio prazo, é o contrário de Costa””
        DN, 21 Dezembro 2029

        Se o Rui e o Marcelo não prestam, o que dizer de um advogado que foi para a politica para parasitar e para fazer negócios (como fazia a sua empresa com a Câmara do Porto, quando o Rui Rio era presidente)?…

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