Manteve-se nas sombras, mas foi a principal responsável pela campanha de Donald Trump. É a primeira mulher que vai ficar à frente da Casa Branca. Quem é Susie Wiles e como é que passou da porta das traseiras para a ribalta?
Tem 67 anos e é a primeira mulher a ser nomeada chefe de gabinete da Casa Branca. O Politico descreve-a como temida, mas pouco conhecida. Trump refere-se à sua principal gestora de campanha como a “dama de gelo”, que fez atividade política nas “traseiras”, mas quer agora “tornar a América grande novamente”.
Em 1980, Susan Wiles fez campanha por Ronald Reagan e teve papel ativo na política no estado da Florida, onde vive. Segundo a BBC, Em 2010, transformou Rick Scott, na altura um empresário com pouca experiência política, em governador da Florida em apenas sete meses.
Wiles terá conhecido Trump durante as primárias presidenciais republicanas de 2015 e rapidamente tornou-se co-presidente da sua campanha na Florida. Em 2016, Trump ganhou o estado contra Hillary Clinton.
É “a melhor no ramo”, assim a descreve Ron DeSantis, que a colocou à frente da sua corrida bem-sucedida para governador dois anos mais tarde. Wiles tem experiência na gestão de campanhas, mas nunca desempenhou nenhum cargo no governo.
No seu perfil do Politico, lê-se que Wiles é filha do falecido jogador de futebol americano e radialista Pat Summerall — a republicana disse que vem de um meio político “tradicional”.
“No início da minha carreira, coisas como as boas maneiras eram importantes e havia um nível de decoro esperado”, disse nessa entrevista. Mas reconhece que o Partido Republicano está diferente: “Há mudanças com as quais temos de viver para conseguirmos fazer as coisas que estamos a tentar fazer.”
Noutro artigo do Politico, lê-se que a nova chefe da Casa Branca “transformou o universo político disfuncional de Trump em algo organizado”.
“Wiles até tem tido sucesso a controlar Trump, intervindo por vezes para o fazer voltar à mensagem ou para perceber porque é que algumas das suas decisões podem ser um tremendo passivo político. Encorajou Trump a baixar o tom da sua retórica sobre a possibilidade de perder as eleições de 2020 e a exortar os seus apoiantes a votar por correspondência”, lê-se no artigo.
O jornal também a descreve como uma “lobbista” de longa data, já que é líder do gigante de lobbying Mercury, cujos clientes incluem a SpaceX, a AT&T e a Embaixada do Qatar (ainda que Wiles não esteja registada para fazer lobbying para nenhum destes clientes).
A BBC explica que um chefe de gabinete opera como um gestor da Casa Branca, e é responsável por reunir a equipa do presidente. Para além de aconselhar Trump, Wiles vai também dirigir o pessoal através do Gabinete Executivo do Presidente e supervisionar todas as operações diárias e atividades do pessoal.
Que espetáculo de mulher ! Tem uma experiência enorme nesta temática do comportamento, ação e dinâmica política. A Kamala teria muito a aprender com ela.