A Escola francesa de Altos Estudos em Saúde Pública (EHESP) concluiu que a quarentena imposta no país a 16 de março por causa da pandemia de covid-19 salvou a vida de 61.739 pessoas.
As conclusões são reveladas esta semana num estudo publicado no site da EHESP.
Partindo dos dados oficiais já disponíveis, os especialistas calcuram que, se o confinamento não tivesse sido realizado entre 19 de março e 19 de abril, quase 23% da população francesa estaria infetada com o novo coronavírus, cerca de 14,8 milhões de pessoas.
Os cientistas afirmam que esta medida impediu 587.730 hospitalizações e 140.320 em unidades de cuidados intensivos. Se o estado de saúde destes doentes hipotéticos doentes fosse grave, estima-se que fossem necessárias 104.550 camas, valor muito superior à capacidade máxima de cuidados intensivos em França.
No mesmo documento agora divulgado, a organização sustenta que as vítimas mortais que se evitaram graças ao confinamento representam uma redução de 83,5% relativamente ao número total de mortes previstas.
“A nossa análise mostra que, sem medidas de controlo, a covid-19 teria uma carga crítica de morbilidade e mortalidade em França”, pode ler-se no estudo, citado pela RT, que dá ainda conta que esta situação teria levado o sistema de saúde ao limite.
A França é um dos países do mundo mais fustigados pelo novo coronavírus, que nasceu em dezembro passado na China. Há mais de 165.000 casos e mais de 23.000 óbitos.
Coronavírus / Covid-19
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