Putin: “Não suporto a ideia de haver guerra na Europa”

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Sergei Karpukhin / POOL / EPA

O presidente da Rússia, Vladimir Putin

Presidente da Rússia assegura que não quer criar conflito e pretende chegar a um acordo “que ainda não foi possível até agora”.

Foi mais um dos encontros entre líderes políticos muito aguardados, nos últimos tempos: Vladimir Putin esteve com Olaf Scholz e assegurou que não quer criar qualquer conflito com a Ucrânia.

O presidente da Rússia assegurou que não quer que a guerra volte à Europa: “Claro que não. Queremos um acordo que garanta a segurança de todos e ainda não houve uma resposta construtiva para a Rússia”.

“Não suporto a ideia de haver guerra na Europa”, acrescentou Putin, depois de Scholz ter dito que cresceu numa geração que nem pensa na existência de guerras. “Sou da mesma geração”, lembrou o líder russo, que tem 69 anos, mais seis do que o chanceler da Alemanha.

No entanto, Vladimir Putin não quis falar sobre a retirada de militares russos da zona da fronteira com a Ucrânia, anunciada nesta terça-feira pelo Ministério da Defesa russo.

O presidente da Rússia pretende alcançar o acordo “que ainda não foi possível até agora” e está à espera de uma decisão “que seja feita do outro lado do Atlântico“.

Putin disse que a liderança da Ucrânia “recusa-se a considerar” o ponto de vista da Rússia, alegando que os acordos de Minsk não estão a ser cumpridos.

O protocolo de Minsk foi assinado em 2014 por representantes de Ucrânia, Rússia, República Popular de Donetsk e República Popular de Lugansk, terminando com o conflito no leste da Ucrânia. O documento prevê que o governo ucraniano deve descentralizar o poder, permitindo governação local em Donetsk e Lugansk, que seriam zonas com “estatuto especial”.

Olaf Scholz sublinhou que o “importante é manter o diálogo vivo entre a Rússia e a Alemanha e que outros se possam juntar”.

Esta é a crise mais tensa em muitos anos e foi nesse contexto que mantivemos o nosso diálogo. Estamos a monitorizar a situação e não encontramos razão para tão grande número de tropas junto à fronteira com a Ucrânia. Temos de encontrar uma solução de paz. Algumas destas tropas terão de abandonar os seus postos atuais e a partir daí começaremos as nossas negociações”, explicou o líder alemão.

O chanceler acha que a retirada de tropas russas “é um bom sinal” mas espera outros bons sinais. E deixou ainda um alerta: “Um ataque à Ucrânia poderia ter consequências e temos de evitá-lo”.

Ciberataque na Ucrânia

Também nesta terça-feira o portal do Ministério da Defesa da Ucrânia foi alvo de um ataque informático e ficou indisponível.

O centro de segurança da informação da Ucrânia informou que o ataque também atingiu dois bancos locais: “Não está descartado que o agressor tenha utilizado tácticas de pequenos truques sujos porque os seus planos agressivos em grande escala não estão a funcionar”.

Nuno Teixeira da Silva, ZAP //

1 Comment

  1. Ahahahaaa… o Putin ainda goza com a malta…
    O gajo que mais promove/patrocina guerras/conflitos na Europa afinal é um anjinho e não gosta de guerras!!
    O país que é uma ameaça para todos os vizinhos e para o mundo, preocupado com a segurança da Rússia, o MAIOR país dos mundo e o 2° mais militarizado do mundo!
    Desde começou a ficar mais religioso o Putin perdeu a pouca vergonha que tinha!…

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