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“Seria perturbador”. Putin diz que se opõe a mandatos presidenciais ilimitados

Yuri Kochetkov / EPA

O Presidente russo, Vladimir Putin, disse este fim-de-semana que se opõe à ideia de um mandato ilimitado para o líder do país, como existia na União Soviética.

As declarações do líder russo foram feitas num encontro com veteranos de guerra em São Petersburgo, dias depois de ter anunciado alterações constitucionais que podem ajudá-lo a permanecer no poder após o fim do seu mandato presidencial em 2024.

Quando um dos veteranos presentes no encontrosugeriu mandatos presidenciais sem limites, Putin respondeu: “seria perturbador voltar aos anos de 1980, quando os líderes iam ficando no poder até ao fim dos seus dias”.

Putin cumpriu dois mandatos presidenciais entre 2000 e 2008, antes de ocupar o cargo de primeiro-ministro durante quatro anos, regressando às funções de Presidente em 2012, depois de os mandatos terem sido alargados de quatro para seis anos.

Observadores citados pela agência de notícias Associated Press (AP) têm especulado que Putin poderá permanecer no poder após 2024 e ocupar novamente o cargo de primeiro-ministro, após ter defendido mais poderes para o parlamento e para o executivo, reduzindo os poderes presidenciais.

Na passada semana, recorde-se, o primeiro-ministro russo, Dmitri Medvedev, apresentou a demissão ao presidente Vladimir Putin. A decisão foi tomada no seguimento do discurso de Putin à nação russa, no qual anunciou a intenção de fazer uma reforma constitucional para reforçar os poderes dos Governantes da Rússia.

Dmitri Medvedev justificou a sua demissão com a intenção de dar espaço a Putin para levar a cabo as alterações que deseja. “Enquanto Governo da Federação da Rússia, devemos dar ao presidente do nosso país os meios para tomar todas as medidas que se impõem“, salientou o primeiro-ministro cessante, citado pela agência Reuters.

ZAP // Lusa

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