Miguel A. Lopes / LUSA

Luís Montenegro e Pedro Nuno Santos
Dentro dos partidos, há quem defenda um desfecho, há quem defenda outro. Eleições legislativas de Maio criam divisões internas.
Eleições legislativas antecipadas, Maio de 2025. Três cenários mais fortes.
O primeiro: a AD ganha sem maioria absoluta. O Chega não é hipótese para coligação pós-eleitoral, a IL não chega para atingir essa maioria desejada. o PS cede e viabiliza o programa de Governo. Ou seja, tudo na mesa.
Mas, dentro deste primeiro cenário, lembra o Observador, há nomes fortes do PS que deixam a ideia de que os socialistas não deveriam viabilizar um Governo liderado novamente por Luís Montenegro, depois de tantas dúvidas à volta da Spinumviva. A líder parlamentar Alexandra Leitão e a eurodeputada Marta Temido, por exemplo, entendem que um novo Governo da AD só passa se o primeiro-ministro for outro.
Segundo cenário: o PS ganha, Luís Montenegro demite-se, mas há maioria absoluta de direita na Assembleia da República – e o PSD até consegue convencer alguém que lidere essa maioria. Ou seja, uma espécie de geringonça à direita que governaria o país.
Embora os ministros Paulo Rangel e Manuel Castro Almeida, ou o líder parlamentar já tenham dito que o PSD não deve formar Governo se ficar em segundo lugar. Mas claro que aqui aparece o nome Pedro Passos Coelho. O “fantasma” anda por aí, embora o antigo primeiro-ministro já tenha assegurado que não vai voltar ao cargo agora. E, apesar de Marcelo Rebelo de Sousa não querer, isto incluiria deixar o Chega entrar no Governo, como sugeriu Miguel Relvas (muito ligado a Passos Coelho). Mas, dentro das estruturas do PSD, a mensagem é clara: o apoio é a um só político – Luís Montenegro.
Terceiro e último cenário: vitória do PS e o PSD viabiliza o Governo liderado por Pedro Nuno Santos, mesmo sem ter maioria absoluta.
Mas também aqui há divisão interna porque, dentro do PSD, há quem rejeite qualquer cenário que inclua Pedro Nuno como primeiro-ministro. Por isso, apelaria ao segundo cenário – mesmo que seja sem Luís Montenegro como primeiro-ministro e mesmo que inclua cedências ao Chega.
Pedro N. Santos não tem figura, muito menos competência, para alguma vez comandar um governo. Até como ministro foi de uma incompetência atroz e que, por vergonha, até se pôs em fuga. O PS nunca teve um líder tão reles. O destino dele é ir para a fabriqueta do pai, fazer moldes para calçado.