A direção nacional do PSD é acusada de ter ignorado a decisão da concelhia na Guarda e ter escolhido um candidato às eleições autárquicas à revelia.
Um grupo de militantes da Guarda apresentou uma queixa ao conselho de jurisdição nacional do PSD tendo em conta a escolha do candidato para as eleições autárquicas. A direção nacional é acusada de ter “desrespeitado os estatutos do partido” ao ignorar a decisão da concelhia que votou por unanimidade o nome de Sérgio Costa.
“O processo autárquico do concelho e a posterior escolha do candidato ao município por parte da direção nacional, liderada por Rui Rio, foi decidida em completo desrespeito pelos estatutos do PSD”, consideram os militantes citado pelos jornal Público.
A direção nacional seguiu a “indicação da distrital do PSD da Guarda à completa revelia da proposta da comissão política de secção da Guarda, em completo desrespeito pelo órgão e pela atribuição estatutária”.
O presidente da Câmara da Guarda, Carlos Chaves Monteiro, foi a escolha dos sociais-democratas para candidato às eleições que se aproximam.
Face à decisão, Sérgio Costa demitiu-se da presidência da concelhia da Guarda e anunciou que seria candidato independente.
Na queixa pode-se ler que: “Ao propor a escolha do militante Sérgio Costa, votada unanimemente, e, portanto, único nome apresentado em conformidade com os estatutos do PSD, viu, esta secção, as suas competências serem desrespeitadas pelos órgãos distritais e nacionais, órgãos esses que deveriam defender as regras pelas quais a democracia interna do PSD sempre se regeu e que foi garante para a construção de uma importante implantação autárquica em todo o país”.
O nome escolhido pela direção nacional do PSD não foi colocado à votação, sendo dado como aprovado sem a consideração da comissão política de secção.
Desde então, “a secção da Guarda do PSD não foi consultada ou ouvida sobre qualquer escolha ou decisão sobre quaisquer listas autárquicas ou qualquer outra decisão de campanha ou mesmo sobre a elaboração do programa eleitoral”.