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Incêndios: PSD aponta falta de meios aéreos e avisa que covid-19 não justifica atrasos

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O PSD apontou hoje falta de meios aéreos de combate a incêndios no terreno e acusou o Governo de ter ficado “aquém” nas reformas e mudanças na floresta, avisando que a pandemia de covid-19 não justifica atrasos.

Numa declaração política na Assembleia da República, o deputado Duarte Marques até elogiou a forma como os partidos têm conseguido colocar o combate à covid-19 acima das tricas partidárias: “Fundamental é atravessar a tempestade de mãos dadas, perdendo o menor número possível de vidas”.

No entanto, e apesar de reconhecer o empenho coletivo desde os grandes incêndios de 2017, o deputado considerou que “as reformas e as mudanças têm ficado muito aquém do prometido”.

“As mudanças estruturais não podem ficar reféns de preconceitos ou dogmas ideológicos”, disse, avisando que “enquanto a paisagem não muda, o pilar do combate” aos fogos continua a ser essencial.

Duarte Marques alertou que este ano “não se augura nada de bom”, dizendo temer que, devido ao confinamento e às regras especiais para idosos, “a limpeza dos terrenos não tenha sido assegurada da forma mais desejável”.

“As condições de exceção deste ano não podem justificar atrasos ou menor competência”, avistou.

Tal como já tinha denunciado no fim de semana numa pergunta ao Governo, o deputado afirmou no plenário da Assembleia da República que, dos meios aéreos definidos para esta época, existem falhas em oito distritos e há quatro distritos sem qualquer meio.

“O Governo continua a brincar com o fogo, mas quem se queima é sempre o povo”, criticou.

Pelo PS, a deputada Eurídice Pereira admitiu que faltam sete helicópteros em relação ao previsto, mas justificou-a por se aguardar uma decisão do Tribunal Administrativo de Loulé.

“O senhor deputado omitiu as deliberações tomadas no dia 21 em Conselho de Ministros, onde já foi aprovado um conjunto enorme de instrumentos de proteção civil, gestão de florestas e mundo rural”, criticou.

O deputado do BE João Vicente concordou que existem atrasos na aplicação, pelo Governo, de várias recomendações do observatório independente e desafiou o PSD a apoiar a proposta do partido de revisão dos planos regionais de ordenamento florestal.

Pelo PCP, João Dias lamentou a extinção, em 2013, por um Governo PSD/CDS-PP da empresa pública de meios aéreos e considerou que, devido às condicionantes de covid-19, é preciso que sejam “criadas condições” para os proprietários cumprirem os prazos de limpeza dos terrenos.

André Silva, deputado e porta-voz do PAN, considerou que se começa agora a vislumbrar “tudo o que ficou por fazer no outono e inverno”, apontando atrasos no alargamento do cadastro florestal simplificado e na limpeza da biomassa.

João Almeida, do CDS-PP, partilhou as dúvidas de Duarte Marques quanto à redução de meios aéreos para ataque inicial, tendo sido reforçados os meios de ataque ampliado, invertendo “um caminho certo de vários Governos nos últimos anos”.

// Lusa

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1 Comment

  1. Esta classe política toda ela mete nojo, quando são oposição sabe tudo vêm tudo, quando são governo assobiam para o lado, só agora vêm que é preciso fazer reformas na floresta então que andam afazer há 45 anos na A.R.? A floresta já há dezenas de anos que deveriam ter começado a ser reformada, a limpeza da floresta faz-se todos os anos e todo o ano e não só quando se aproxima o Verão, a A.r tem os estudos feitos por vários especialistas sobre essa matéria mas até hoje nem um governo pôs em prática esses estudos pelo contrário vão pondo outros em cima dos que já existem na gaveta, enquanto a limpeza da floresta não for feita vamos ter cada vez mais incêndios e de maiores proporções o mato acumula-se e ao fim de alguns anos onde e já houve incêndios volta a haver tão simples quanto isso, e ao longo destes anos de democracia temos visto, só para lembrar os esquecidos políticos em 1986, no concelho de Vila de Rei. No ano seguinte, outro fogo de grandes dimensões afectou os concelhos de Arganil, Oliveira do Hospital e Pampilhosa da Serra, em 2003,2004,2005,2012,13 e 2017 voltou a haver grandes incêndios em Monchique, Oleiros Mação onde já em 2003 tinha havido grandes incêndios, só mostra qu e nenhum governo fez alguma coisa para os evitar ou evitar que atingissem grandes dimensões, é como digo o mato acumula-se e aos fim de alguns anos andamos a discutir o mesmo e os políticos na palhaçada do jogo de empurra.

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