O PSD de Portimão está a ponderar apoiar a candidatura de Luís Carito, ex-deputado socialista e antigo vice-presidente da câmara de Portimão, que ficou conhecido por ter engolido um papel que poderia constituir prova num processo em que foi arguido.
De acordo com a Renascença, a possibilidade está a ser ponderada pelo PSD de Portimão, mas ainda é necessária a aprovação da distrital de Faro e da direção nacional de Rui Rio. A candidatura é a indicação da concelhia local e já foi discutida com o principal parceiro da coligação, o CDS.
À rádio, o presidente da concelhia do PSD de Portimão, Carlos Martins, não confirmou a candidatura, limitando-se a dizer que “o processo está a seguir os trâmites normais, dentro das estruturas, e que só depois de validado, é que anunciará os candidatos“.
Esta escolha está a causar surpresa, não só pelas ligações anterior de Luís Carito ao PS, mas também porque o ex-deputado protagonizou um episódio insólito: durante buscas da Polícia Judiciária (PJ) à sua residência, no âmbito de uma investigação que o envolvia a si e a mais nove arguidos, o então autarca tirou das mãos de um inspetor um papel e meteu-o na boca.
Luís Carito é médico e foi deputado em três legislaturas, entre 1999 e 2005. Foi presidente da Assembleia Municipal de Portimão, vice-presidente do Instituto de Solidariedade e Segurança Social e diretor regional do Algarve de Segurança Social.
A escolha da concelhia, contudo, está a causar surpresa nas hostes laranja do Algarve pelas ligações anteriores ao PS, mas também porque Luís Carito foi protagonista de um episódio insólito que fez correr tinta, à época, em junho de 2013: durante buscas da Polícia Judiciária à sua residência, no âmbito de uma investigação que o envolvia a si e a mais nove arguidos, o então autarca tirou das mãos de um inspetor um papel, meteu-o na boca e engoliu-o.
Os nove arguidos foram levados a julgamento por crime de burla qualificada e participação económica em negócio. Luis Carito foi também indiciado por danificação ou substração de documento.
Contudo, todos foram absolvidos por não “haver prova de que os arguidos tenham atuado de forma concertada, prejudicando a Portimão Urbis ou obtidos benefícios próprios em resultado dos contratos”.
Quanto ao papel, o Tribunal concluiu que não foi possível provar a destruição de prova porque não foi possível provar o conteúdo desse mesmo papel.
João Gonçalves Pereira quer juntar-se ao “combate local”
O deputado do CDS-PP, João Gonçalves Pereira, fez esta quarta-feira a sua última intervenção na Assembleia da República e disse esperar que o seu partido lhe permita continuar o “combate local” nas autárquicas.
“Dedicar-me-ei nos próximos meses, se o meu partido assim mo permitir, ao combate local, porque é nas autárquicas que se apura a força de um partido e também por acreditar que o CDS precisa, mais do que nunca, de dar prova de vida”, defendeu.
João Gonçalves Pereira garantiu que não tenciona abandonar a militância partidária nem a intervenção cívica, mas defendeu o princípio da renovação. “Na política, particularmente em democracia, não há nada de excecional numa despedida. Os ciclos passam, os rostos mudam, as ideias alteram-se. E é assim que deve ser”, afirmou.
“Posso dizer-vos, senhoras e senhores deputados, que saio com a consciência tranquila de saber que o país, da esquerda à direita, está aqui bem representado“, disse.
João Gonçalves Pereira substituiu Assunção Cristas no parlamento no final de janeiro de 2020 e já tinha sido deputado na última e na penúltima legislatura. Além de líder da distrital de Lisboa do CDS-PP, é vereador sem pelouro na Câmara Municipal de Lisboa, cargos que vai manter.
Segundo o Observador, a concelhia de Lisboa aprovou João Gonçalves Pereira como candidato à Câmara Municipal de Lisboa, além de Diogo Moura e Nuno Rocha Correia, mas a direção não quer que o atual vereador integre a coligação.
O deputado e líder da distrital de Lisboa do CDS-PP ainda não foi confirmado pela direção do partido como um dos nomes a integrar as listas de coligação com o PSD na capital.
Candidato do PSD/CDS quer “dinâmicas” em Serpa
O candidato da coligação PSD/CDS-PP à Câmara de Serpa, José Damião Félix, afirmou esta quarta-feira que pretende “ajudar a projetar o futuro” deste concelho, “bastião” comunista no distrito de Beja, com “novas dinâmicas e novos projetos”.
Em declarações à agência Lusa, José Damião Félix, de 44 anos, revelou ter avançado com uma candidatura nas eleições autárquicas deste ano por “sentir que, em Serpa, as pessoas desejam uma mudança”.
“As pessoas anseiam por uma mudança na liderança da gestão autárquica que prepare o concelho de Serpa para o futuro” e “com visão estratégica e capacidade de trazer para o concelho novas dinâmicas e novos projetos”, argumentou.
José Damião Félix alegou que as prioridades da sua proposta eleitoral serão “aquelas que, ao longo dos anos, os executivos eleitos deixaram para trás nos sucessivos mandatos”, a começar pela “educação e a saúde”.
O candidato do PSD/CDS-PP assumiu querer também “preparar o concelho para o futuro” e “utilizar os instrumentos de gestão autárquica” para deixar em Serpa “as mais-valias das cadeias de valor provenientes da fixação das empresas integradas no Empreendimento de Fins Múltiplos de Alqueva”. “Vencer este desafio é fundamental para fixar pessoas, empresas e serviços públicos”, frisou.
José Damião Félix é natural de Lisboa e licenciado em Engenharia Mecânica pelo Instituto Superior Técnico. Empresário agrícola, dá também aulas de matemática a alunos do ensino básico e secundário no Agrupamento de Escolas n.º 2 de Serpa.
Militante do PSD, foi deputado municipal em Serpa entre 2013 e 2017 e é, desde 2017, presidente da Assembleia de Freguesia da União de Freguesias de Serpa, além de vice-presidente da comissão política distrital de Beja do PSD e membro do conselho nacional do partido.
ZAP // Lusa
Os rejeitados do PS vão para o PSD, os rejeitados do PSD vão para o Chega, os rejeitados do Chega vão para… isso já não sei!
NÃO SE PREOCUPE, SEM MAMA NÃO FICAM !