E depois de António Costa? PS admite apresentar solução inovadora

2

António Cotrim / Lusa

Ainda é “cedo” para falar sobre a sucessão de António Costa, em 2025, mas já não há outro tema no seio do PS. O fantasma de Pedro Nuno Santos vai andar por aí nos próximos tempos e admite-se que o partido possa avançar com uma solução inovadora.

A saída de Pedro Nuno Santos do secretariado nacional do partido após a demissão do Governo, deixando o cargo de ministro das Infraestruturas, reforça a sua futura candidatura a líder do PS.

Essa possibilidade há muito que é anunciada, mas, agora, ficando apenas como deputado na Assembleia da República, Pedro Nuno pode afastar-se da linha de Costa e do “seu” PS, para definir uma estratégia própria no “assalto” à liderança do partido.

O secretário-geral adjunto do PS, João Torres, assume que está na expectativa para ver com que Pedro Nuno podemos contar no Parlamento, nos próximos tempos.

Mas não o descarta como “peça muito importante” e “até decisiva” da vida política recente do PS, conforme declarações em entrevista ao jornal Público e à Rádio Renascença, onde realça o seu contributo nas “soluções políticas” que “ajudaram o país a virar a página da austeridade, a combater a pandemia e encontrar um outro rumo de desenvolvimento económico e social”.

De resto, “não há pessoas dispensáveis e, portanto, continuamos a contar com Pedro Nuno Santos”, sublinha ainda João Torres.

Quanto à “guerra de sucessão” a Costa, “ainda não se coloca e não sei quando é que vai ser colocada”, sublinha o dirigente do PS, assegurando que o partido “está coeso” e “unido em torno da figura do secretário-geral”.

João Torres diz ainda que a possibilidade levantada por um jornal de Costa se manter como secretário-geral do PS e de haver outro candidato do partido a primeiro-ministro é “futurologia”. “Não vale a pena antecipar o que vai acontecer em 2025 ou em 2027”, nota.

Contudo, a resposta não é um não taxativo. “Nem coloco de parte nem coloco em cima da mesa. É cedo para falar sobre essas matérias”, frisa simplesmente.

“Mas já houve vários momentos em que o PS, por motivos vários, inovou. Por exemplo, quando decidiu, na altura com o secretário-geral António José Seguro, convocar eleições primárias para a escolha do candidato a primeiro-ministro. Veremos no futuro”, atira João Torres.

Certo é que as disputas internas no PS “não colocam em causa a coesão” em torno do Governo, refere o dirigente socialista numa resposta às preocupações manifestadas pelo Presidente da República.

“A mensagem que o Presidente da República dirigiu ao país no Ano Novo foi absolutamente clara e é merecedora de convergência plena por parte do PS. O PS esteve sempre do lado da estabilidade política no nosso país, mesmo quando não dispunha de uma maioria absoluta”, conclui.

ZAP //

Siga o ZAP no Whatsapp

2 Comments

  1. Com tanto malabarismo para sacar fundos da bazuca em nomes próprios, de facto, não sei qual será a próxima inovação!!!
    Logicamente que tudo isto são jogos de bastidores e que nós, os contribuintes, só vermos os resultados dos sucessivos saques, continuando a pagar como se fosse normal!!!
    Pedro Nuno Santos demitiu-se, porém, um dia destes vemo-lo em 1º ministro, e, se como ministro das infraestruturas já foi um desastre, imaginemos só com o poder todo nas mãos!!!
    Uma ditadura a céu aberto, só não vê quem não quer!!!
    Tanto medo do CHEGA porque? Qual é o mais ditador ?

Deixe o seu comentário

Your email address will not be published.