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“Quando o PS é oposição, os sindicalistas são valiosos. Quando é poder, empecilhos”

Manuel De Almeida / Lusa

José Abraão, do Sindicato dos Trabalhadores da Administração Pública, deixou duras críticas ao Governo por não se sentir incluído no processo das decisões políticas.

Para José Abraão, o Partido Socialista não valoriza o papel dos sindicatos. Por esse motivo, o Sindicato dos Trabalhadores da Administração Pública deixou duras críticas ao Governo.

Na terça-feira, o ex-ministro do trabalho Paulo Pedroso decidiu desvincular-se do PS por não concordar com a forma como o partido tem afastado do Parlamento os militantes que representam os trabalhadores. Carlos Silva, líder da UGT, também já anunciou que não vai recandidatar-se ao cargo devido ao desgaste e à falta de apoio do Partido Socialista.

À TSF, José Abraão, dirigente do Sintap, disse que, quando o PS está no poder, os sindicatos são um empecilho, e, quando é oposição, são valiosos.

“Sistematicamente nos órgãos do partido há sempre dificuldades em colocar dirigentes sindicais socialistas ou da corrente socialista da CGTP, que ficam normalmente de fora e só depois há um convite do secretário-geral para podermos participar nesses órgãos, e isso gera desconforto”, referiu.

“Não queremos ficar com a ideia de que, quando o PS é oposição, os sindicalistas socialistas são valiosos, e, quando é poder, somos um bocado empecilhos… Isto não faz sentido.”

O sindicalista acredita que o próximo congresso do partido será decisivo, na medida em que clarificará o papel dos representantes dos trabalhadores no partido.

O congresso é um momento importante; as pessoas discutem, haverá iniciativas e moções à volta destas questões importantes. É um momento de reflexão, de análise e de procurar melhorar aquilo que tem corrido menos bem no partido”, rematou.

ZAP //

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