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PS só volta a apresentar nomes para o Tribunal Constitucional se o PSD der garantias públicas

André Kosters / Lusa

A palavra do PSD não é suficiente. O PS não deverá insistir no nome de Vitalino Canas para o Tribunal Constitucional, mas só avança com novos nomes se o PSD der garantias “públicas”.

Na última sexta-feira, o Parlamento chumbou a eleição dos nomes indicados pelo PS para os lugares vagos de dois juízes do Tribunal Constitucional (Vitalino Canas e Clemente Lima) e para o lugar também por ocupar do presidente do Conselho Económico e Social (Correia de Campos).

Agora, o partido não está preocupado em apresentar novos nomes. Segundo o Observador, Ana Catarina Mendes, líder da bancada parlamentar socialista, deixou claro numa reunião esta quinta-feira que, desta vez, o PS não vai sujeitar mais nomes a votação sem que o PSD dê “publicamente” garantias de que está disposto a acolher os nomes sugeridos.

Apesar de o voto ser secreto, o PS diz que Rui Rio deu garantias de que os nomes teriam o acolhimento genérico do PSD, mas o PSD diz que o PS não negociou nome nenhum com os sociais-democratas. Apesar deste impasse, uma fonte socialistas garantiu ao matutino que houve “várias” conversas entre Ana Catarina Mendes e Rui Rio.

Segundo fonte da direção parlamentar do PS, Rui Rio terá confirmado “várias vezes” os nomes, tendo apenas mostrado que tinha mais dificuldades em pôr os seus deputados a votar o nome de Vitalino Canas, ex-porta-voz do partido durante os tempos de José Sócrates.

Ao Observador, a bancada social-democrata mantém o que disse no dia da votação, contrariando o PS: “Não houve negociações.”

Certo é que o PS não voltará a apresentar novos nomes sem antes ter uma garantia pública do PSD de que os nomes são considerados viáveis.

ZAP //

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