PS: então e o “não é não” ao Chega?

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Homem de Gouveia / Lusa

O ex-secretário de Estado das Comunidades, Paulo Cafofo.

Moção de censura do Chega na Madeira apoiada pelos socialistas – que tinham assegurado que não alinhavam com o partido de Ventura.

Está iminente uma crise política na Madeira. Outra vez.

O Chega vai apresentar uma moção de censura ao Governo – e o Executivo pode mesmo cair, porque o PS-Madeira vai votar a favor.

Miguel Albuquerque já avisou que não se demite e fica à espera da votação na próxima semana. São precisos no mínimo 24 votos a favor: Chega e PS juntos têm 15 deputados, mas se o JPP também aprovar, a moção de censura reúne precisamente 24 votos favoráveis e é aprovada.

Paulo Cafôfo, líder do PS-Madeira, justifica o apoio (unânime) à decisão do Chega: o Governo PSD já “perdeu toda a credibilidade”. E acrescentou: “Não podemos segurar um presidente que foge à justiça. Isto não é normal e não pode ser normal numa democracia”.

Mas o PS tinha assegurado que não apoiava o Chega. Isto no geral, não especificamente na Madeira.

É o que Rita Tavares lembra na rádio Observador: “No território continental, o discurso do PS a nível nacional é ‘Não passarão’. E isto tem-se tornado mesmo muito difícil”.

“O PS foi o primeiro a dar um ‘não é não’ ao Chega e a passar essa mensagem da não colaboração com nada que viesse do Chega. E agora na Madeira preparam-se para juntar para mandar um Governo abaixo”, continua a especialista em política.

O PS nacional já reagiu a esta decisão do PS-Madeira e assegura que nada mudou a nível interno. Fonte oficial do partido comentou que o PS nacional respeita a autonomia regional do PS-Madeira, lembrando ainda: “O PS-Madeira foi contra a formação deste governo e a maioria que o suporta desde o início. Nada mudou quanto a isso”.

“A única coisa que aparentemente mudou foi que a maioria que suportou a formação deste governo deixou de existir”, referiu a fonte à Lusa.

ZAP //

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1 Comment

  1. “Olha para o que te digo, não olhes para o que eu faço.”
    Interesses. Os fins justificam os meios.
    Onde está o caráter?
    A coluna vertebral dobra conforme os interesses em causa.

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