A comissão política do PS/Madeira aprovou por unanimidade o voto a favor da moção de censura que o Chega apresentou ao Governo Regional da Madeira. Miguel Albuquerque considera a moção “estranha, inoportuna e irresponsável” e não vê razões para se demitir.
O PS/Madeira vai votar a favor da moção de censura apresentada pelo Chega ao Governo Regional liderado por Miguel Albuquerque, que “perdeu toda a credibilidade”, anunciou este sábado o líder dos socialistas madeirenses, Paulo Cafofo.
“Por unanimidade, a comissão política aprovou esta deliberação, ou seja, a orientação a dar ao grupo parlamentar na Assembleia Legislativa para votar favoravelmente a moção de censura”, informou.
O responsável socialista madeirense falava aos jornalistas após a reunião da comissão política regional do PS, na sua sede, no Funchal, na qual foi analisada a moção de censura apresentada na quarta-feira pelo grupo parlamentar do Chega ao Governo da Madeira.
Paulo Cafôfo salientou que o partido sempre foi “coerente na sua ação” em todo processo, desde que, em janeiro, o presidente do executivo madeirense foi constituído arguido numa investigação relacionada com suspeitas de corrupção, pelo que “não poderia nem vai segurar este Governo de Miguel Albuquerque”.
O líder dos socialistas madeirenses recordou que “o PS foi coerente na moção de confiança aquando da apresentação do Programa de Governo”, adiantando que “desde essa altura muito mais aconteceu a este governo“.
A estrutura nacional do PS vai respeitar a autonomia regional do PS/Madeira no voto a favor à moção de censura do Chega, considerando que este instrumento “apenas confirma a falta de condições” do executivo liderado por Miguel Albuquerque para exercer funções.
Questionada pela Lusa, fonte oficial do partido referiu que “o PS nacional respeita a autonomia regional do PS/Madeira”.
“O PS/Madeira foi contra a formação deste governo e a maioria que o suporta desde o início. Nada mudou quanto a isso. A única coisa que aparentemente mudou foi que a maioria que suportou a formação deste governo deixou de existir“, refere a mesma fonte.
“A moção de censura vem apenas confirmar a falta de condições deste governo para se manter em funções”, conclui.
Na passada quarta-feira, o grupo parlamentar do Chega na Assembleia Legislativa da Madeira entregou uma moção de censura ao Governo Regional liderado pelo social-democrata Miguel Albuquerque.
Em conferência de imprensa, Miguel Castro, presidente da Secção Regional do Chega na Madeira, exigiu a demissão do chefe do executivo madeirense, que descreveu como um “entrave”, e justificou a decisão de apresentar a moção também com o facto de quatro secretários regionais serem arguidos em processos judiciais.
O parlamento regional, com 47 deputados, é composto por 19 deputados do PSD, 11 do PS, nove do JPP, quatro do Chega, dois do CDS-PP, um da IL e um do PAN.
A conferência dos representantes dos partidos na Assembleia Legislativa da Madeira reúne-se na segunda-feira para agendar a discussão da moção de censura, que precisa de ter a maioria absoluta dos votos (24 votos) para ser aprovada.
Segundo Margarida Davim, comentadora de política nacional da TSF, com a aprovação da moção é “altamente improvável que haja outra alternativa” que não passe por uma nova ida a eleições.
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, só pode intervir no processo e convocar novas eleições legislativas regionais seis meses após a posse da Assembleia Legislativa da Madeira, que foi em 29 de maio de 2024, ou seja, a partir de 29 de novembro.
Albuquerque não se demite
O presidente do Governo da Madeira, Miguel Albuquerque, reiterou este sábado que não se vai demitir na sequência da “inesperada” e “inoportuna” moção de censura anunciada pelo Chega, assegurando estar preparado para todos os cenários.
“Não tenho razões para me demitir”, declarou o também líder do PSD/Madeira após a reunião da comissão política regional do partido, convocada para analisar a moção de censura apresentada pelo grupo parlamentar do Chega na Assembleia Legislativa o arquipélago.
Miguel Albuquerque considerou ser “estranha esta moção, uma vez que é inoportuna e é irresponsável”, realçando ser um governante devidamente legitimado porque foi eleito em eleições regionais em 2023 e em 2024, vencendo as eleições internas em março desse ano.
“O que deduzimos é que esta moção de censura imposta pela direção nacional do Chega, no sentido de criar instabilidade política na região, sobretudo numa altura em que o Governo Regional estava a governar em pleno, com um crescimento económico como nunca tivemos na região, com plena empregabilidade, com os compromissos assumidos em execução”, argumentou.
O líder social-democrata insular considerou que a situação é “estranhíssima” e disse que o PSD vai enfrentá-la “em campo aberto e com a cabeça levantada”.
Albuquerque apelou aos “partidos democráticos” para “assumirem um sentido de responsabilidade” face aos “interesses da região autónoma” e não “embarcarem nestas demagogias e nestes expedientes rocambolesco no sentido de criar instabilidade política”.
Para o governante, “é fundamental que não haja mais instabilidade política, não haja impasses na governação, porque isso prejudica a administração da ‘res publica’ e vai prejudicar sobretudo a população”.
“Não vai ser através desta moção, nem muito menos através destes expedientes parlamentares ou de fação ou partidários que o PSD vai entregar o poder”, afirmou.
Miguel Albuquerque acrescentou que o PSD está para “cumprir um programa que foi sufragado pelo povo madeirense há menos de seis meses, com um programa e orçamento aprovados.
O responsável complementou que estava em preparação o Orçamento Regional para 2025, e recordou que o Chega, “mentor desta moção de censura, até disse que concordava e disse que o orçamento era positivo, acolhendo um conjunto de propostas” da oposição.
Albuquerque considerou estranho a moção de censura “fazer um ataque implacável ao PS” e defendeu que seria “grotesco o Partido Socialista votar esta medida quando o partido e o seu líder, Paulo Cafôfo, “é apelidado de incompetente” e é “vilipendiado”, sendo “mais atacado que o PSD/Madeira” no texto.
“O PSD/Madeira também está preparado para qualquer cenário”, assegurou, porque “quem determina o governo da Madeira e o presidente do Governo Regional é o povo madeirense através de eleições democráticas”, reforçou.
Miguel Albuquerque frisou que “não é através de golpes parlamentares, nem partidários que o PSD alguma vez entregará o poder”, atestando que o partido “não tem qualquer problema em ir a eleições se for necessário”.
No seu entender, o seu afastamento seria “uma fraude” porque o eleitorado votou na lista do PSD/Madeira, considerando que esta é mais uma “tentativa de enfraquecer o partido”.
“Se pensam que vou sair para porem um líder provisório para depois deitarem abaixo e conquistar o poder estão enganados. Nós estamos aqui para dar a cara e eu estou aqui para dar a cara”, sublinhou.
ZAP // Lusa
Perguntem quais são as razoes que terão de existir para sair?
O PSD do Jardim e continuado com este , implantaram na Republicas das Bananas da Madeira um Ditadura de Funcios e Politicos. Gente bem falada e bem apresentada, mas por detrás está o Autoritarismo do PREC. Muitas Leis Nacionais não são implemetadas na RAM e se são desvaforecem os madeirenses em relação ao Contionente.
Discriminação, há tugas de primeira, segunda e de terceira.
PS desesperado para chegar ao poleiro. Nas últimas eleições, após o escândalo do Miguel Albuquerque, ganhou uns míseros 200 votos.
O povo da Madeira deu um sinal claro que não confia em Paulo Cafofo. Se tivesse vergonha na cara tinha dado o lugar a outro.
Está a prejudicar o PS para seu benefício próprio. Para isso, já levámos com o Costa.
O Cafofo efectivamente já devia ter percebido que não é com uma Careca luzidia e Sorrisos Pepsodent que o Povo vai votar nele.
O PS se quer alguma coisa, tem de apresentar gente capaz e não um Bando sedente do Poder.
O que lã se passa é qualquer coisa de outro Mundo, basta ver o Caso do Albuquerque que apesar de andar a fugir à Justiça o Povo voltou a dar o Voto no PSD. Outro “sinal” espantoso é que não sai nem a ferros, está tudo mujito bem “dominado” e “sob controlo” da corja do PSD .
Como uma Lapa agarrada ao Rochedo , mas enfim se os Madeirenses assim querem , que dizer ? …..
A “receita” do Jardim e deste é a mesma receita do DIabo “…Compraremos os necessitados por dinheiro e os indigentes por um par de sandálias”, e enganam os Pobres com Estradinhas, os Pescadores com Promessas de mais Peixe.
E dá resultado.
O Chega e o PS são farinha do mesmo saco! Aqui não há linhas vermelhas. O que interessa é chegar ao poder, sem olhar a meios.
«…A instabilidade vem tornando a Madeira “woke”. No Parlamento, “voto de pesar” por um animal; em acto oficial, Governo representado em calções; a caqueticamente chamada de “causa animal”, já com mais palco do que as causas das Pessoas, mais ainda as “causas fracturantes”, tudo num despudor exibicionista (Contribuinte paga); personagens do Governo e das Autarquias despindo a sua vida nos meios digitais como “passagens de modelos”; futuro político da Região individualizado e dependente de denúncias covardes, porque anónimas, (efeito diferente com Costa e Primeiro-Ministro espanhol); subsídios solução para tudo, depois vê-se; estabilidade da Maioria Absoluta destruída pela própria; números, números, recordes que não chegam à vida das Pessoas (os USA votaram contra isto).
Esta é a Madeira feita “woke”, “modeeerna”, do “poôve”, de “cultura” gastronómica. E agora?!…» – Alberto João Jardim (https://x.com/AlbertoJoaoJar1/status/1855648415322947772)