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PS em falência pede ajuda a dirigentes para pagar contas

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Clara Azevedo / Portugal.gov.pt

O primeiro-ministro António Costa

O primeiro-ministro António Costa

O Partido Socialista nega estar em falência, mas admite “situação financeira complexa”, com uma dívida acumulada ao longo dos anos de 21,6 milhões de euros, e vive, em muitos casos, da contribuição dos dirigentes locais.

De acordo com o Jornal de Notícias, “o PS está em falência”, e em vários pontos do país há ações partidárias a serem canceladas por falta de dinheiro e mesmo as despesas correntes, como as contas da água e da luz, a serem asseguradas por dirigentes locais.

O total do ativo é de 15,4 milhões de euros, face a um passivo de 21,6 milhões de euros, o que representa capitais próprios de cerca de seis milhões de euros negativos, de acordo com o último balanço entregue ao Tribunal Constitucional, correspondente ao ano passado.

Em 2015, o partido recebeu 1,7 milhões de euros em quotas, sendo que cada militante paga 12 euros por ano. Entre 2014 e 2015, o PS aumentou o passivo em mais 2,8 milhões de euros.

O jornal relata que as dificuldades financeiras do partido estão a estão a deixar em pé de guerra as concelhias e as federações do partido, já que muitos dos que agora estão a financiar o partido admitem que nunca serão ressarcidos e há no próprio partido quem lhes peça que assumam as despesas do partido como contribuições pessoais.

As distritais de Coimbra, Setúbal e Porto têm o maior número de casos, e nos concelhos de Miranda do Corvo, Montemor-o-Velho, Tábua, Oliveira do Hospital ou Pedrógão Grande as despesas do PS local não contam há muito com qualquer verba da sede nacional do partido.

Manuel Pizarro, presidente da distrital do Porto, admite que isso acontece. “Não se trata de uma imposição unilateral. Ao propor-se a secretários-coordenadores que assumam essas despesas como contribuições é uma forma completamente transparente de regularizar as situações que existem”, explica o médico e antigo secretário de Estado da Saúde.

Sem confirmar se essa prática existe, o líder da distrital de Setúbal também assumiu ao JN que não o choca que um dirigente local assuma as despesas do partido.

Já em abril do ano passado o Expresso noticiou que havia meses que uma boa parte das secções do PS não recebiam as verbas que lhes eram devidas, enfrentando dificuldades para fazer face a despesas correntes, como o pagamento de rendas, água ou luz.

PS nega falência e diz que honra compromissos

O PS já respondeu à notícia do JN e nega que o partido esteja em falência e que ande a pedir dinheiro aos seus dirigentes e militantes para pagar contas da luz e água.

Num comunicado da Comissão Permanente, os socialistas defendem que “há uma enorme diferença entre uma situação financeira complexa e uma falência” e que o partido “está a honrar, em plenitude, os seus compromissos financeiros e iniciou mesmo, no ano corrente, um processo de amortização de dívida negociado com as instituições de crédito que permitirá uma redução sustentada do seu endividamento”.

No comunicado, o PS recusa “ser acusado de pedir dinheiro aos seus dirigentes e militantes”, sublinhando que “um partido vive da solidariedade e do trabalho generoso dos seus militantes, pois mais não é que expressão desse coletivo”.

A  Comissão Permanente afirma mesmo que “mal seria que o PS não contasse, como conta e sempre contou, com o apoio dos seus dirigentes e militantes, tanto para o trabalho político como para os aspetos das despesas operacionais correntes”.

Por fim, o órgão socialista anuncia que as verbas das receitas das quotas foram transferidas, “no corrente ano”, “para as federações distritais, estruturas a quem cabe depois gerir essas verbas conjuntamente com as estruturas locais, processo que decorre com toda a normalidade”.

ZAP

17 Comments

  1. Esse é o Vosso comentário simples como o dos comentadores de bancada.
    Se calhar na V casa ainda é pior, sabe deus, mas criticar é fácil.
    Agora acção ta quieto ò …

  2. Penedo aqui está uma ajudinha da minha parte e não digas que sou mauzinho para o teu partido que eu não gosto de nenhum mas que tal pedires ao vosso camarada Sócrates? ouvi dizer que ele tinha guito para dar e vender enquanto o teu partido desfraldou este país metendo-me a mim e provavelmente á geração seguinte a pagar o que o teu amigo Sócrates e o seu nº 2 (Costa) fizeram, aproveita e lê a noticia logo acima de para onde se dirige a economia/bancarrota do país, só não sei é se o Sócrates terá dinheiro para ajudar o país também…

  3. Neste País só há um partido que tem contas em dia. Esse partido são os comunistas.
    Admitindo que todos os comentadores estão a extrapolar e a criticar esta situação de partidos para a governação de um País, podemos concluir que só os comunistas governariam bem. Devem ser todos comunistas, por certo.
    Quando sairem as continhas do PSD e do CDS, acho que me vou rir, a ver tanta gente a engolir um sapo, a menos que, claro, aqueles 2 partidos façam uma especie de “saída limpa”, que já bem conhecemos.

  4. A culpa da falência do partido socialista é do governo anterior. Desculpem neste caso é dos anteriores a Costa. Seguro e um pouco de Assis. Costa nunca se engana. A pique é mais rápido……Foge Portugal , corre muito depressa..

  5. Por aqui poderemos avaliar a qualidade de gestão desta gente que teimosamente e contra as regras teimam em “governar” Portugal, está mais do que comprovado que enquanto os maus gestores não forem devidamente punidos sejam governantes ou outros o país não sairá do fosso em que o meteram de há 42 anos para cá.

  6. Nada teríamos com o assunto, sobre nenhum partido, se estes milhões não saíssem, quase a 100% do erário público.

    Atirar pedras com telhados de vidro não será solução para o País.

    Suponhamos que todas as famílias (não as políticas) agiam de igual forma…

  7. O PS é o espelho da nação. Significa que também andou a gastar o que não tinha. Está sem cheta e as contas têm-lhe saído furadas.
    Agora, os autarcas do PSnão terão terão outro remédio senão fazer peditórios locais para tapar o rombo nacional. O que não vai ser fácil. A malta estava habituada a umas almoçaradas e festas por conta do partido…

    • Diz bem.
      Nos comícios de qualquer partido político há sempre comes e bebes porque o
      que interssa é animar a malta e que ouçam as baboseiras verberradas pelos
      seus dirigentes e convidados.
      Só não consigo compreender é como ainda há tenrinhos que se filiam nos par-
      tidos políticos e alimentam toda esta cambada de chulos.

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