O secretário-geral-adjunto do PS, José Luís Carneiro, elogiou Marcelo Rebelo de Sousa, em entrevista ao podcast do partido, mas disse também que estão mais focados na pandemia do que nas eleições presidenciais.
Em entrevista ao podcast do PS “Política com Palavra”, José Luís Carneiro, secretário-geral-adjunto do partido, disse que, para já, a prioridade é a pandemia – e não as eleições presidenciais de 2021. “Estamos concentrados hoje, e desde há mais de seis meses, a fazer face a uma das maiores crises sociais e económicas por que o mundo passou”.
Questionado sobre o candidato a apresentar pelo PS,o político reiterou que essa decisão irá sair da reunião da Comissão Nacional em outubro.
Ao mesmo tempo, elogiou Marcelo Rebelo de Sousa, que atualmente ocupa o lugar em Belém. “A boa cooperação institucional que houve com o Presidente da República, tanto no plano da política interna como da política externa, foi essencial para virar a página da austeridade e para garantir a estabilidade do sistema político português.”
José Luís Carneiro rejeitou desenhar um perfil de candidato ideal, mas quis afastar a ideia sobre a proximidade entre o PS e uma figura de direita. “Essas terminologias, dado o modo com têm sido formuladas publicamente, têm sido bastante simplistas, e estão por vezes bastante distantes da realidade, das opções quotidianas”, disse. “Por vezes encontramos personalidades que são progressistas nos valores e depois mais conservadores na dinâmica económica”.
Sobre a candidatura de Ana Gomes, o secretário-geral-adjunto, disse apenas que “é, em primeiro lugar, um ato de responsabilidade individual, de responsabilidade pessoal, daquelas e daqueles cidadãos que se querem habilitar ao desempenho da função”.
Relativamente à hipótese admitida por Rui Rio de dialogar com o Chega, José Luís Carneiro considera que foi “um momento muito baixo” para o PSD.
O PS considera ainda “muito relevante incluir o PSD” no Plano de Recuperação 2020/2030 que o Governo irá apresentar em outubro, e que tem como base a “Visão Estratégica” de António Costa Silva, e não quer que o documento seja aprovado apenas com o apoio da esquerda parlamentar.