O secretário-geral adjunto do PS, José Luís Carneiro, remeteu hoje para a “hora própria” um comentário do partido sobre as eleições presidenciais, depois de ter sido questionado sobre a candidatura a Belém da socialista Ana Gomes.
“Como já dissemos em momento oportuno, há horas próprias, momentos próprios e locais próprios para avaliar e decidir sobre o modo como o Partido Socialista encarará as eleições presidenciais”, assinalou José Luís Carneiro, na sede do partido, em Lisboa, depois de ter sido questionado sobre a candidatura a Belém da militante socialista e ex-eurodeputada Ana Gomes.
O número dois do PS salientou que as presidenciais “são eleições em que os cidadãos, de livre e de espontânea vontade, com autonomia e responsabilidade, se habilitam ao desempenho dessas funções e portanto não são candidaturas patrocinadas pelos partidos políticos”.
Ana Gomes anunciou publicamente a sua candidatura ao mais alto cargo da nação na quinta-feira, afirmando que não podia “desertar” do combate das próximas eleições presidenciais face à situação do país e considerando “inaceitável a desvalorização” deste ato eleitoral pelo PS.
Numa conferência de imprensa na Casa da Imprensa, em Lisboa, Ana Gomes disse que, “durante meses e meses”, esperou que o seu partido apresentasse um candidato próprio, saído das suas fileiras ou da sua área política, mas isso não aconteceu.
“Não compreendo nem aceito a desvalorização de um ato tão significante como as eleições presidenciais. O Presidente da República não é eleito para governar, mas a Constituição atribui-lhe um papel vital no equilíbrio do sistema político e partidário. Cabe-lhe defender a Constituição”, declarou.
Neste contexto, Ana Gomes salientou que a sua candidatura representará “o campo do socialismo democrático, progressista”.
Ana Gomes tem considerado um erro a indefinição dos órgãos nacionais do PS em relação às próximas eleições presidenciais e afirmado por várias vezes que nunca quis uma candidatura que dividisse o seu partido.
Dentro do PS, a candidatura de Ana Gomes recebeu já o apoio do antigo líder parlamentar e ex-eurodeputado socialista Francisco Assis, e do líder da tendência minoritária dentro da Comissão Política do PS, Daniel Adrião.
Até hoje, o secretário-geral do PS não comentou a candidatura de Ana Gomes – atitude que também foi seguida pela maioria dos principais dirigentes socialistas.
// Lusa
Por enquanto é tabu…!
O problema do PS não está na candidatura de Ana Gomes, está no sarilho ema que Costa meteu o PS ao colar-se ao atual PR, numa manobra oportunista e ridícula de transformar em vitória uma previsível derrota partidária.
O PM sairá agora de fininho da cena e o PS dará “liberdade de voto” aos seus militantes. Como se isso tivesse alguma importância!