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“O PS não se pode calar.” Líder parlamentar promete combate à extrema-direita

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partidosocialista / Flickr

Ana Catarina Mendes

Para a líder parlamentar do PS, Ana Catarina Mendes, os tempos atuais “não estão para brincadeiras ou para aventureirismos”.

A líder parlamentar do PS prometeu, esta terça-feira, o combate político aos “populismos” oriundos de correntes de extrema-direita e avisou que as ordens profissionais não podem ser “sindicatos disfarçados” ou armas de arremesso contra os governos.

As posições foram transmitidas por Ana Catarina Mendes no discurso que encerrou a “jornada de trabalho” do Grupo Parlamentar do PS, no Centro Cultural de Belém, em Lisboa, numa intervenção em que atacou André Ventura, sem, no entanto, referir o nome.

De acordo com o Observador, a presidente do Grupo Parlamentar do PS defendeu que aqueles que acreditam na liberdade e na igualdade de oportunidades “têm o dever de demonstrar na Assembleia da República o respeito pela instituição” parlamentar “e combater com toda a energia o populismo, o discurso do medo e o extremismo”.

Não silenciemos o populismo ou o extremismo, ou as atrocidades que se vão ouvindo por aí por alguns partidos, designadamente contra as mulheres. O PS não se pode calar, não deve calar-se”, defendeu.

Ana Catarina Mendes advertiu depois que os tempos atuais “não estão para brincadeiras ou para aventureirismos” e, neste contexto, deixou uma pergunta aos parceiros de esquerda do PS no Parlamento.

“O Grupo Parlamentar do PS tem de perguntar qual é o posicionamento [destas forças políticas] num momento em que optamos que por mudanças que vão alterar a vida das pessoas, num momento em que queremos continuar a valorizar os salários dos trabalhadores, com mais medidas de justiça social e mais proteção social e em que queremos dar mais um impulso ao investimento público”, questionou.

“Este é o momento em que todos somos convocados para uma emergência de uma crise que não provocámos pela nossa ação governativa, mas que foi provocada por um inimigo invisível. Importa saber de que lado estarão os parceiros à esquerda. Esperemos que estejam com o caminho que trilhámos nos últimos cinco anos”, reforçou.

No discurso, a responsável política deixou também alguns avisos às ordens profissionais. “O Grupo Parlamentar do PS não quer uma luta ou uma batalha contra as ordens profissionais, mas entende que uma ordem profissional tem de regular a sua profissão. Não pode ser um sindicato disfarçado, nem tão pouco pode ser uma arma de arremesso política contra qualquer governo, seja ele qual for”, sublinhou.

A presidente do Grupo Parlamentar do PS defendeu também que o papel das ordens profissionais é o de regular o acesso à profissão.

“Mas qual a razão para algumas ordens profissionais insistirem em colocar barreiras no acesso à profissão? Qual a razão para insistirem em não reconhecer um profissional que se licenciou no estrangeiro? Não estamos contra as ordens. Estamos contra o excesso de barreiras que existem para o acesso livre às profissões em Portugal”, justificou.

ZAP // Lusa

3 Comments

  1. Pois claro! Se as barreiras fossem colocadas pelo governo do PS, já estaria certo!
    Mesmo não gostando do Chega, uma direita que é mais burra que extremista, este PS falar em populismo, quando se cola ao atual PR ou quando o PM honra com o seu nome uma comissão eleitoral de um dirigente de clube arguido em processo judicial e diz aquilo que se ouve em qualquer café, fica-se de pé atrás.

  2. Não há dúvida que os lideres do PS estão, neste momento, a dar trunfos à direita não se percebendo bem qual é o seu objectivo . Quando o PM se cola a um dirigente de um clube de futebol, atestando uma honra que, provavelmente, não existe, será tido como desonrado também, ou não?? Bem podem pregar aos peixes, porque estas atitudes deixam marcas indeléveis! Depois não procurem apoios porque gente séria não lhos dá!

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