José Sena Goulão / LUSA

O deputado do Partido Socialista (PS) Pedro Delgado Alves
Entre a “liderança frouxa” e o “deputado fanfarrão”. Deputados do PS mostram no Parlamento uma exaltação invulgar.
Debate do Estado da Nação, ambiente muito tenso no Palácio de São Bento, nesta quinta-feira.
André Ventura estava a falar directamente para o primeiro-ministro, mas o presidente do Chega aproveitou para lembrar que a segunda força política na Assembleia da República é o seu partido: “Estava habituado à oposição frouxa do PS, mas essa morreu no dia 18 de Maio”.
Poucos minutos depois, falou José Luís Carneiro. O novo secretário-geral do PS estava também a falar para Luís Montenegro, nomeadamente a pedir esclarecimento sobre o “princípio de acordo” – anunciado por Ventura – entre Governo e Chega sobre imigração e nacionalidade. O primeiro-ministro negou qualquer princípio de acordo com o Chega.
Mas, voltando à intervenção de Carneiro, o líder do PS disse que esse princípio de acordo foi anunciado pelo “deputado mais fanfarrão” que já viu no Parlamento – sem nunca dizer o nome André Ventura. Inês de Sousa Real (PAN) ria-se, na fila imediatamente atrás.
Aguiar-Branco não gostou dessa palavra: “Fazer referência a que um colega aqui é fanfarrão, não me parece um tratamento urbano”.
E os ânimos exaltaram-se.
Os deputados do PS demonstraram uma exaltação invulgar, começando a bater nas mesas, em sinal de protesto, entre protestos e gritos.
Pedro Delgado Alves quis falar: “Há limites do tolerável. E vossa excelência, há instantes, perante a intervenção do senhor deputado André Ventura – que designou o líder do PS com impropérios muito piores – vossa excelência ficou calado! Em silêncio! Covardemente!”
“Sou deputado há muitos anos: tenho vergonha da sua intervenção. Mostra uma dualidade de critério na forma como repudia comentários perfeitamente aceitáveis proferidos por um deputado, e não tem a coragem – coragem, senhor presidente! – perante a extrema-direita, que estraga o debate parlamentar quotidianamente, de defender os deputados!”, concluiu Delgado Alves.
Aplausos de pé de PS, Livre, Bloco de Esquerda, PAN e IL.
Aguiar-Branco, que até começou por perguntar aos colegas da Mesa da Assembleia da República do que é que se estava a falar, assegurou ao deputado do PS que não faz distinções entre deputados.
José Luís Carneiro falou a seguir: lembrou que André Ventura disse que a sua oposição (a de Carneiro) é “a oposição mais frouxa que conhecia” e, nessa sequência, disse que essa frase é de “alguém que tem um estilo fanfarrão”.
O presidente da Assembleia da República, que só percebeu o contexto depois desta explicação do líder do PS, explicou a Carneiro: “É diferente dizer que uma determinada liderança ou ideia é frouxa, e dizer que uma determinada pessoa é frouxa ou fanfarrão. São coisas diferentes, são coisas diferentes”, repetiu.
Aplausos dos deputados do Chega.
Eurico Brilhante Dias, líder parlamentar do PS, também acusou Aguiar-Branco: “O ‘pode’ tem limites. A extrema-direita usou um termo ofensivo para o líder do PS; essa ofensa não teve de si a ponderação necessária. Acontece aos melhores. Tenho que lhe dizer: a sua é flexibilidade para a forma como aquela bancada (do Chega) se dirige aos outros deputados é bastante maior do que quando olha para este lado da bancada”.
No meio da confusão, Edite Estrela falou (algo invulgar). A experiente deputada do PS levantou-se para perguntar ao presidente da Assembleia da República “onde e desde quando é que o adjectivo fanfarrão é um insulto”.
Aguiar-Branco soltou um “está bem”. E não respondeu.
Mas o que é que estes esquerdistas querem?
Querem aquilo que pessoas educadas, independentemente de suas preferências partidárias, querem de um presidente da Assembleia da República: isenção na relação com os deputados de todas as bancadas. Quando são os deputados do Chega a dizerem o que lhes apetece, mesmo sendo mal educados, para ele é e exercício da liberdade de expressão; quando for um deputado do PS, aí o presidente da Assembleia da República já não se lembra da liberdade de expressão. A liberdade de expressão se aplica aos deputados dos partidos direita e extrema direita, mas já não se aplica aos deputados dos partidos da esquerda e extrema esquerda. 2 pesos e duas medidas.
Não acho que ele tenha agido mal, e atenção, não estou aqui a fazer apologia do Chega, mas os esquerdistas gostam muito de implicar e fazer bullying, e é por isso que estão em terceiro, e talvez nas próximas eleições fiquem mesmo lá em baixo, como merecem. Não se esqueça do tratamento difamatório do Santos da Silva, por favor. Vá ver e ouvir as barbaridades que ele dizia, as vezes que não deixava a bancada da Direita falar…
Que eu saiba, Aguiar Branco já chamou todos à atenção (está certo), não apenas a um partido, mas vocês gostam muito de omitir certas informações para se fazerem de vítimas.
Onde andavam essas pessoas educadas, angélicas etc…. quando o SS ostracizava o Chega??? Pois é os meninos do sistema estavam habituados a andar ao colo, e agora que o colo acabou choram. Lá diz o ditado Pimenta no C* dos outros é refresco…..
Deve estar a referir-se à isenção que Augusto Santos Silva teve durante o periodo que foi presidente da Assembleia da Republica certamente. Mas felizmente os portugueses têm memória e levou um tremendo pontapé no ilustre traseiro mas eleições legislativas.
Deve estar esquecido/a do comportamento do anterior PAR, Augusto Santos Silva que permitia tudo a toda a esquerda e sistematicamente por tudo e por nada repreendia a bancada do partido Chega. tal como disse um dia o fanfarrão António Costa: habituem-se!
Quem ficou farto do Augusto Santos Sila e do Ferro Rodrigues fui eu.
Aqui não se trata de direita ou esquerda, trata-se de boa educação.
Acho que o Aguiar-Branco esteve mal, foram os dois muito exaltados e nós o POVO que vos paga os ordenados tanto somos da direita como da esquerda ou do centro e NÃO GOSTAMOS disso, NÃO NOS RESOLVE OS PROBLEMAS, é só para os que querem ter votos para terem mais tachos…….
Acho que o nível, de educação e de honra, na AR está muito baixo.
Muitas vezes com turmas de estudantes a assistir.
Hoje não temos POLITICOS para ajudar o povo, só temos POLITIQUEIROS que só se preocupam com eles próprios.
Só se preocupam com o partido e não com soluções para o povo.
É para esta mediocridade que nós Portugueses andamos a pagar e a sustentar este parolos desde o Presidente da República passando pelo Primeiro-Ministro, os elementos do Governo, da Assembleia da República, e dos partidos que lá se encontram.
Se é para ser assim o melhor é fazer um novo 28 de Maio e voltar ao modelo do Estado Novo para garantir a Pátria e a boa Governação da República.
«…Em poucas décadas estaremos reduzidos à indigência, ou seja, à caridade de outras nações, pelo que é ridículo continuar a falar de independência nacional. Para uma nação que estava a caminho de se transformar numa Suiça, o golpe de Estado foi o princípio do fim. Resta o Sol, o Turismo e o servilismo de bandeja, a pobreza crónica e a emigração em massa.
Veremos alçados ao Poder analfabetos, meninos mimados, escroques de toda a espécie que conhecemos de longa data. A maioria não servia para criados de quarto e chegam a presidentes de câmara, deputados, administradores, ministros e até presidentes de República…» – Marcello Caetano
Se não mudarem de atitude temo que o PS se resuma a sua insignificância…..
Não tema a redução à total irrelevância do PS, rejubile por isso! Marxistas nunca mais!
Que alegria ter esses incompetentes fora do poder. Mais de 20 anos, a fazer o quê? Borradas e bancarrotas. É mais que nítido que os socialistas não têm jeito para governar. É só ilusionismo.
O PS está completamente de cangalhas. Os ciumes pelo Chega ser já o segundo partido no Parlamento está a tornar os deputados do PS completamente desnorteados. Quanto mais atacarem o Chega mais eles se afundam. E ainda não perceberam isso. É um barco totalmente à deriva. Até o “cantador” Carneiro está arranjar lenha para se queimar. É mais um a preparar o caminho para ser corrido.
Estes xuxas andam à nora. Estão desorientados, a verem a porta da rua aberta, com a Mariana à espera deles.
Adoro ver as pessoas a não saberem nada de civismo nem de português. Dizer que uma pessoa é isto ou aquilo, é considerado um insulto ou um elogio, dependendo do adjectivo, afirmar que alguém agiu de uma determinada maneira, seja verdadeiro ou falso, é uma constactação de uma acção, mesmo sendo mentira, não é um insulto, portanto só se sente insultado quem não sabe português nem percebe nada de civismo, e ainda se perguntam porque estão a perder votos…
O Aguiar Branco é uma nódoa, ele que vá trabalhar a sério.
Se há cobardia essa é toda dos socialistas, os verdadeiros cobardes e destruidores da nação!
Como mandam as regras da democracia” todos, todos os deputados!” devem merecer o mesmo respeito ao presidente do orgão que a representa e que deveria defendê-la! Mas este presidente permite, a um dos partidos, que ofenda ostensivamente deputados, que se lhe opõem, com impropérios inaceitáveis, em tal contexto, o que só prova que eles não estão à altura de se sentarem naquelas bancadas e que Aguiar Branco não pode ser o maestro de tão desafinada orquestra !