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PS ameaça banca se não apoiar famílias e empresas (mas é o único)

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Mário Cruz / Lusa

O PS quer pressionar os bancos a cumprirem com os apoios e ameaçam com uma comissão de inquérito. Mas estão sozinhos na batalha.

Se os bancos continuarem a falhar no apoio às famílias e empresas durante a crise o PS ameaça avançar com uma comissão parlamentar de inquérito. No entanto, a posição dos socialistas não somou o apoio dos restantes partidos.

Enquanto que o PSD e o PCP preferiram manter o silêncio, o Bloco de Esquerda ignorou, o CDS-PP falou em manobra de diversão e só o PAN se disse estar a favor da iniciativa – mas sugeriu que o PS estava a “correr atrás do prejuízo”.

O deputado socialista João Paulo Correia explicou ao Expresso que o objetivo dos socialistas é pressionar os bancos. “Não se pode excluir a hipótese de um dia haver um inquérito a estas entidades. Não sabemos como vamos sair desta crise.”

“Fazendo fé nas respostas dadas, todos os casos de queixas sobre dificuldades de acesso às linhas de crédito foram negadas pelos bancos.” No entanto, o PS não acredita que as queixas que chegam “de todos os setores” se resumam a “uma conspiração” contra a banca.

Há denúncias que apontam que os bancos estarão a colocar condições não previstas na lei para o acesso às linhas de crédito. O deputado referiu que o Estado está a dar garantias muito altas (a partir de 80%) sobre estes empréstimos e os bancos têm de ser “rigorosos” e “transparentes” na informação que dão ao Parlamento, até porque nos últimos anos receberam “ajudas dos contribuintes”.

Para o socialista, o resultado mais importante das audições a administradores do BCP, Santander, BPI, CGD e Novo Banco, destaca, foi a “confrontação” feita pelos partidos, que “mostraram que existe um acompanhamento muito próximo”.

Mas esta parece ser uma batalha que o PS se prepara para enfrentar sozinho. Fonte oficial do Bloco de Esquerda admite avaliar a hipótese de uma comissão parlamentar, mas recorda ao PS a ordem de prioridades. “Este é o momento de garantir que a banca cumpre o seu papel de financiar a economia, sem abusar da fragilidade em que se encontram famílias e empresas.”

Cecília Meireles, do CDS, disse, com ironia que “o PS está a propor uma comissão parlamentar de inquérito ao próprio Governo“, uma vez que é o modelo definido pelo Governo e a máquina do Estado” que “está a falhar”. No entanto, frisa que não será pelos centristas que a comissão de inquérito deixará de ser feita.

Já o PAN entende que o Governo deve negociar com a banca uma solução de compromisso que não coloque em causa o esforço das famílias e das empresas durante a crise.

ZAP //

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1 Comment

  1. No dia, em que os bancos se encontrarem á sua sorte, isto é; quando sentirem, que são encarados como uma empresa privada qualquer, que não haja a obrigatoriedade, de um cidadão ter que abrir uma conta para receber dinheiro do estado, no dia, em que esses mesmos bancos souberem, que podem não contar com o dinheiro do Estado/de todos os portugueses,quando as suas administrações os levam à falência por má gestão das suas administrações, auto-pagando-se de forma escandalosa, no dia, em eles sentirem os cidadãos como seus cliente, e não como que obrigados pelo estado(governo) através de conjunto de leis,que permitem, que estes mesmos bancos, se comportem como mais uma Autoridade tributária, que saca dinheiro como quer e onde quer, então, nesse caso, estou convencido que os bancos deixarão de nos enganar a todos, nomeadamente,alterando de um dia para o outro o seu preçário,sem que os clientes possam fazer alguma coisa.Por isso, acho muito bem, que os bancos sejam fiscalizados por gente séria, e certamente iriam encontrar muitas surpresas. As chamadas sociedades de garantia Mútuas, são também um cancro no sistema financeiro. A sua intervenção num financiamento, leva a que esse financiamento, fique muito mais caro, do que o mesmo for feito directamente ao banco e sem a sua intervenção, O estranho para mi, é que esta situação não seja denunciada.Quando uma linha de crédito passa pela, por. exp, pela LISGARANTE, é o banco que trata de todo o processo, aprova ou não o financiamento. Se aprovar, envia para a LISGARANTE. Ora, a LISGARANTE, vai exigir garantias reais, normalmente hipotecas de imóveis com valor bem superior ao do financiamento,vai exigir uma comissão, que tem de ser paga à cabeça, mesmo antes de ser creditado o financiamento, vai exigir a compra daquilo a que eles chamam acções,cujo valor entra nas suas contas, até final da liquidação do financiamento. Liquidado comprovadamente o financiamento, deveria de imediato,devolver o dinheiro. Mas não. Utiliza um conjunto de estratégias,para que a devolução desse valor aconteça o mais tarde possível. No mínimo, mês e meio, e é preciso ser pressionado, caso contrario, vai para os dois ou mesmo três. Todas estas instituições, financeiras, fazem o que querem, e sobre estas coisas o BdP, nada faz.

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