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PS acusa Francisco Rodrigues dos Santos de atirar a política para a lama

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António Cotrim / Lusa

O ministro das Infraestruturas e Obras Públicas, Pedro Nuno Santos

O grupo parlamentar do PS respondeu ao ataque do líder do CDS ao ministro Pedro Nuno Santos, e acusou Francisco Rodrigues dos Santos de estar a atirar a política para a lama.

Numa entrevista ao Expresso, Francisco Rodrigues dos Santos classificou o ministro Pedro Nuno Santos de “zero à esquerda” e de “fanfarrão”, a propósito da gestão da TAP.

“O ministro Pedro Nuno Santos tem sido um zero à esquerda na gestão deste dossiê. Até agora, a TAP viu zero por parte do Estado. Mas o ministro ignora que houve uma redução drástica da operação”, disse o líder dos centristas, acrescentando que o CDS não concorda “com estas ideias megalómanas de um ministro fanfarrão que acha que o dinheiro dos contribuintes deve ser injetado de forma desregulada”.

Numa nota assinada pelo vice-presidente da bancada socialista, Carlos Pereira, e citada pelo Expresso, o PS acusou o presidente do CDS de estar a tentar desesperadamente “suplantar” André Ventura.

“Na brigaria do populismo desbragado ou do liberalismo descarrilado, mas também na luta desesperada pela sobrevivência, também interna, o líder do CDS vai tentando suplantar nuns casos o deputado Ventura noutros o deputado Cotrim de Figueiredo”, escreveu Carlos Pereira.

Na mesma nota, os socialistas sugerem que Francisco Rodrigues dos Santos não conhece a dimensão do problema da TAP ou, por outro lado, está a defender “interesses privados à custa do dinheiro dos portugueses. E isso “é muito grave”, sustentou o deputado do PS.

“O ataque desproporcional e brejeiro ao ministro das Infraestruturas só pode disparar os alarmes para quem sabe que Portugal precisa da TAP, que a TAP tem de ser melhor gerida, que tem de ser redimensionada à escala do país e que o Estado tem de ter acesso a um instrumento estruturado para contribuir para a retoma da economia”, adianta a nota.

“O país precisa de oposição construtiva e ganhará sempre com ideias diferentes mas perde muito quando a política é arrastada para a lama num cocktail de imprecisões e numa confusão generalizada de conceitos e intenções. O CDS que se cuide”, continua o grupo parlamentar socialista.

O Governo “não está eufórico por ter de aguentar a companhia”, mas é preciso agir para salvar e proteger a TAP. Por isso, os socialistas defendem que mais dinheiro público na TAP tem de significar mais controlo. “Caso os portugueses tenham de ser chamados a contribuir para salvar a TAP, o controlo da companhia deve ser proporcional ao esforço do país. Não deve haver rodriguinhos.”

ZAP //

1 Comment

  1. O miúdo quer rivalizar com o André Ventura, mas esquece-se que o CDS é um partido com tradição na política portuguesa e com um nome a respeitar. Não é um garoto qualquer ainda de fraldas e sem a menor noção de responsabilidade que deve atirar o CDS não para a sarjeta onde está o Chega mas para o esgoto da vida pública. Esperemos bem que o futuro em breve se encarregue do moço.

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