Proteção Civil admite alargar critérios de envio de SMS

Estela Silva / Lusa

Debaixo de serem criticados por não terem sido enviados SMS às populações afetadas pelas cheias, a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) afirma agora que tal “procedimento recente de natureza excecional” poderá no futuro ser adotado num leque mais alargado de ocorrências.

A “regra geral”, disse a entidade, citada pelo semanário Expresso, é a do recurso às mensagens escritas nos casos de “alerta especial de nível vermelho”, classificação que não foi considerada no Baixo Mondego nem nos incêndios de Pedrógão, em 2017, por exemplo.

“No futuro”, segundo a ANEPC, é “admissível” que “possa vir a ser decidido acionar os avisos de SMS num nível de alerta diferente do ‘vermelho’, sempre em função da análise de risco que venha a ser efetuada”, esclareceu ao mesmo jornal a ANEPC.

No caso da depressão Elsa, tal “necessidade não foi identificada”, justificou a Autoridade. A opção passou por “trabalhar a ligação e a comunicação com as populações no terreno, nos locais afetados em risco”, em articulação com serviços locais e autoridades.

A Proteção Civil foi criticada por não ter utilizado as SMS de alerta à população durante as depressões “Elsa” e “Fabien”, que atingiram o país entre o fim da semana passada e no domingo passado.

A tecnologia de contacto com a população custou este ano mais de 900 mil euros. O Estado pagou este montante à Vodafone, NOS e MEO, sendo este um dos contratos que está sob investigação do Ministério Público no âmbito das golas anti-fumo. Os contratos incluem sobre incêndios, situações meteorológicas adversas, cheias, tsunamis, entre outras situações.

As cinco situações de envio de SMS em 2018 e 2019 ocorreram em períodos de incêndios florestais.

ZAP //

 

Deixe o seu comentário

Your email address will not be published.