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“Vingança” e “guerra de ideais”. MP acusa prostituta e advogado por alegada armadilha a juiz

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Joaquim Manuel Silva / Facebook

O juiz Joaquim Manuel Silva

O juiz Joaquim Manuel Silva do Tribunal de Família e Menores de Mafra.

O Ministério Público (MP) está a investigar a prostituta Ana Loureiro e o seu advogado, Vítor Gameiro Fernandes, por, alegadamente, terem elaborado uma armadilha para difamar o juiz Joaquim Manuel Silva do Tribunal de Família e Menores.

Em Julho de 2020, Ana Loureiro disse que Joaquim Manuel Silva frequentava a sua casa de prostituição e que, “enquanto ela e outra colega lhe praticavam sexo oral, o juiz do Tribunal de Família e Menores de Mafra visionava vídeos de actos processuais onde crianças e jovens relatavam abusos sexuais“, como reporta a Rádio Renascença que teve acesso ao processo.

O juiz chegou a ser investigado pelo Ministério Público (MP) que arquivou o inquérito no final de Maio, segundo a mesma estação.

Além disso, foi alvo de um processo disciplinar do Conselho Superior da Magistratura que também foi arquivado.

Agora, é a própria denunciante quem está a ser investigada, sendo acusada dos crimes de denúncia caluniosa, de falsidade de testemunho agravado e de difamação agravada, como aponta a Renascença.

A procuradora titular do inquérito acusa Ana Loureiro de ter “inventado uma história para ultrajar e vilipendiar a dignidade do juiz, sabendo dos danos irreparáveis que iria causar na sua vida pessoal e profissional”, aponta-se no despacho de acusação citado pela mesma Rádio.

Vitor Gameiro Fernandes também é acusado do crime de difamação agravada por,”de forma livre e deliberada”, ter acusado, através do Facebook, o juiz “de ser viciado em cocaína, de frequentar casas de sexo em grupo com outras colegas e de receber dinheiro dos pais para serem beneficiados nas suas decisões”, como cita a Renascença.

“Guerra de ideais” quanto aos poderes parentais

A CNN Portugal nota que o magistrado “terá sido vítima de uma armadilha“, no âmbito de uma “guerra de ideais, com posições extremadas, sobre regulação dos poderes parentais”.

Joaquim Manuel Silva é um defensor do sistema de residência alternada nas disputas dos poderes parentais, acreditando que, sempre que seja possível, deve ser privilegiada a guarda partilhada entre progenitores.

De resto, o juiz tinha uma audiência marcada, na Assembleia da República, precisamente para defender a residência alternada como regra no sistema judicial português, nota a CNN Portugal, sublinhando que depois da denúncia de Ana Loureiro, já não foi ao Parlamento.

Além disso, há “um histórico de conflitualidade” entre o advogado acusado e o juiz, uma vez que o primeiro é “assumido defensor em vários processos de que a guarda das crianças deve ser da mãe”, frisa ainda a CNN Portugal.

Quanto a Ana Loureiro, terá “agido por vingança” pelo facto de Joaquim Manuel Silva ter tomado, “em tempos”, “uma decisão judicial” contra os seus pais, acrescenta a mesma fonte.

“O seu propósito terá sido de desacreditar o juiz perante a magistratura, a classe política e a opinião pública”, “destruindo-lhe a carreira”, sustenta a CNN Portugal.

No âmbito das acusações, Ana Loureiro terá ficado com uma casa arrestada provisoriamente, como garantia de pagamento de uma eventual indemnização ao juiz, caso venha a ser condenada.

ZAP //

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2 Comments

  1. Já assisti a várias conferências com o Juiz é uma excelente pessoa muito digna mas que tem incomodado o sistema, diga-se maçonaria. pela qualidade do seu trabalho. A última conferencia que assisti em Torres Novas antes do escândalo o olhar de matador do procurador presente que deitava punhais pelos olhos , fez-me comentar para a minha mulher que iriam fazer a folha ao juiz Joaquim Silva. Passados poucos dias estoira a coisa.

    Essa deslavada sem honra e sem caracter espero que lhe saia cara a ousadia e o advogado está-se mesmo a ver os locais que frequenta para conhecer tão bem a deslavada…

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