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Virginia Giuffre
Virginia Giuffre, que acusou o Príncipe André de agressão sexual quando tinha 17 anos, diz que tem quatro dias de vida. A norte-americana foi vítima de um acidente de viação no dia 24 de março, e estará em estado grave — mas não há registos de que tenha sido hospitalizada.
Atualmente com 41 anos, a norte-americana Virginia Giuffre, que em 2021 acusou o Príncipe André de abuso sexual quando era menor, diz que tem apenas 4 dias de vida, após um acidente de viação em Perth, na Austrália, que a terá deixado com uma insuficiência renal.
Num post no Instagram, Guiffre conta que estava num carro que foi atingido “por um autocarro escolar a 110 km/h quando estávamos a abrandar para uma curva”.
“Entrei em insuficiência renal, deram-me quatro dias de vida e transferiram-me para um hospital especializado em urologia. Estou pronta para partir, mas só depois de ver os meus bebés pela última vez, mas sabemos o que se diz sobre os desejos…”, acrescenta a norte-americana.
“Este ano tem sido o pior início de ano, mas não vou aborrecer ninguém com os pormenores, mas penso que é importante notar que quando um condutor de um autocarro escolar se aproxima de nós a 110 km quando estávamos a abrandar para fazer uma curva, independentemente do material de que o nosso carro é feito, mais vale ser uma lata“, detalha Guiffre no seu post.
“Merda numa mão, o desejo na outra, e garanto que ao fim do dia vai continuar a ser merda. Obrigado a todos por serem as pessoas maravilhosas do mundo e por serem uma grande parte da minha vida”, conclui a norte-americana.
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O pai de Giuffre, Sky Roberts, que vive na Flórida, disse ao Daily Mail que ficou “transtornado” depois de ouvir a notícia e que não tinha dinheiro para viajar para a Austrália para estar ao seu lado.
Não há registos de hospitalização
Numa declaração à Sky News, um porta-voz de Giuffre adianta que “Virginia sofreu um acidente grave e está a receber cuidados médicos no hospital. Ela agradece muito o apoio e os votos de melhoras que as pessoas estão a enviar.”
Os detalhes do acidente, e do que terá acontecido a seguir, apresentam no entanto algumas inconsistências.
Segundo a cadeia de televisão britânica, a polícia disse que recebeu um relatório de um “pequeno acidente” entre um autocarro escolar e um carro em Neergabby, cerca de 12 milhas a norte de Perth, no dia 24 de março.
“A colisão foi comunicada pelo condutor do autocarro no dia seguinte”, disse na altura uma porta-voz da polícia . “Não foram registados feridos em resultado do acidente”.
Um porta-voz do East Metropolitan Health Service, que gere o Royal Perth Hospital, disse à cadeia de televisão australiana ABC que Giuffre não estava em nenhuma das suas instalações.
À mesma cadeia, um porta-voz da Autoridade de Transportes Públicos da Austrália Ocidental disse que não tinha conhecimento de qualquer acidente de autocarro deste tipo.
Segundo a ABC, numa conferência de imprensa sobre um assunto não relacionado, esta terça-feira, a Comissária de Polícia Kylie Whitely, quando questionada sobre o estado de saúde de Giuffre, disse que houve um acidente “menor” entre um autocarro e um carro numa zona rural a norte de Perth, na tarde de 24 de março.
Segundo a polícia local, estava uma mulher de 71 anos ao volante do carro envolvido na colisão com o autocarro, e uma mulher de 41 anos no lugar do passageiro. Ninguém foi levado para o hospital e não houve feridos graves, segundo a polícia e o serviço de ambulâncias St John WA.
Figura proeminente do Caso Epstein
Virginia Giuffre é uma das mais proeminentes figuras do Caso Epstein, que investiga a rede de tráfico sexual organizada pelo bilionário Jeffrey Epstein, envolvendo personalidades públicas como Bill Gates, Donald Trump, Bill Clinton ou o príncipe André.
Em agosto de 2021, Giuffre apresentou um processo judicial contra o Duque de York, por abuso sexual, alegando ter sido obrigada a ter relações sexuais com este na mansão de Epstein em Nova Iorque, em Londres e nas Ilhas Virgens americanas, quando tinha 17 anos.
O processo relata que em cada um dos alegados abusos, Epstein, a sua namorada, Ghislaine Maxwell, ou o próprio André fizeram “ameaças expressas ou implícitas” a Giuffre para que esta tivesse relações sexuais com o príncipe e que este sabia que a jovem era menor de idade na altura.
Estas alegações foram repetidamente negadas pelo Palácio de Buckingham e pelo Duque de York, que não foi acusado de quaisquer infrações penais.
Em janeiro de 2022, um tribunal de Nova Iorque manteve a queixa de agressão contra o príncipe britânico — irmão do atual rei, Carlos III, e oitavo na linha de sucessão. No mesmo mês, a então Rainha de Inglaterra, Isabel II, retirou ao filho todos os títulos militares e reais.
Em março do mesmo ano o processo foi arquivado, depois de as duas partes terem chegado a um acordo extra-judicial — que se acredita que terá incluído uma “doação substancial à instituição de caridade de Virginia Giuffre em apoio dos direitos das vítimas”, diz a Sky News.
Em 2019, Jeffrey Epstein foi encontrado morto na prisão federal em Manhattan em que se encontrava detido a aguardar julgamento. De acordo com as autoridades, terá cometido suicídio por enforcamento.
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