A primeira linha de crédito criada pelo Governo para apoiar empresas, no âmbito da crise desencadeada pela pandemia de covid-19, já esgotou.
De acordo com o semanário Expresso, já não estão a ser aceites candidaturas para a linha de crédito Capitalizar 2018 – Covid-19, que tinha uma dotação máxima de 400 milhões de euros. Agora, restam as linhas de três mil milhões e as novas que o Governo anunciou, enquadradas no pacote de até 13 mil milhões já aprovado pela Comissão Europeia.
“A PME Investimentos, entidade gestora da Linha de Crédito Capitalizar 2018 – Covid-19, emitiu no dia 6 de abril de 2020 uma comunicação na qual informa que considerando o montante de operações entradas, face ao plafond global da Linha, já não será possível a apresentação de candidaturas a esta Linha de Crédito”, adianta o comunicado divulgado no site da Sociedade Portuguesa de Garantia Mútua.
Estes empréstimos podiam ser pedidos pelas empresas junto dos bancos, que depois tinham parte destes empréstimos sob garantia de sociedades de garantia mútua. Agora, os bancos estão impedidos de aceitar mais candidaturas, uma vez que o valor máximo da linha foi atingido.
Esta linha viu a sua dotação duplicada no dia 27 de março. A 2 de abril, o Governo anunciou que já tinham sido aprovadas 817 operações, correspondentes a 365 milhões de euros, no âmbito desta linha e, quatro dias depois, o valor foi entretanto esgotado.
A linha destinava-se a empresas que estavam a ser afetadas “pelos efeitos económicos resultantes da pandemia do novo coronavírus”. O objetivo era financiarem a preços bonificados as suas necessidades de fundo de maneio e de tesouraria.
Cada empresa podia pedir até 3 milhões de euros: 1,5 milhões para fundo de maneiro e 1,5 milhões para tesouraria.