Um jantar que custou cerca de 1350 euros em Madrid, à margem da Feira Internacional de Turismo (Fitur), em janeiro, é a única contrapartida concreta que o Ministério Público identifica associada ao crime de corrupção atribuído a Melchior Moreira.
Um jantar com várias pessoas, que custou cerca de 1350 euros, em Madrid, à margem da Feira Internacional de Turismo (Fitur), em janeiro. Esta terá sido a única contrapartida concreta que o Ministério Público (MP) identifica associada ao crime de corrupção atribuído a Melchior Moreira, presidente do Turismo do Porto e Norte, que aguarda o desenvolvimento da Operação Éter em prisão preventiva.
O Público avança que o jantar terá sido pago por Manuela Couto, administradora da W Global Communication e mulher do presidente da Câmara de Santo Tirso, que esteve também presente no jantar.
O diário teve acesso a um documento no qual o Ministério Público considera que o jantar foi a contrapartida dada a Melchior Moreira e à diretora operacional do Turismo do Porto e Norte, suspensa de funções, por estes terem aceite pagar antecipadamente os cerca de 50 mil euros pelos serviços prestados pela empresa de Manuela Couto na Fitur.
A procuradora Carla Fardilha sustenta esta tese com uma conversa tida num serviço de mensagens eletrónicas entre Manuela Couto e a diretora operacional do Turismo do Porto e Norte de Portugal (TPNO), a 29 de janeiro, já depois do jantar.
Na conversa, a empresária pede à responsável do turismo que lhe paguem os serviços da Fitur porque precisava do dinheiro para pagar vencimentos. A diretora operacional responde, “em modo socorro”, com os dados para Manuela Couto pagar o jantar de Madrid, dizendo que naquele dia iriam “chegar” os compromissos da Fitur. Horas mais tarde, a diretora envia uma mensagem à empresária a dizer: “Já foi transferido.”
O Ministério Público nota a rapidez do pagamento (que aconteceu no mesmo dia), antes do prazo de 60 dias estabelecido no contrato e numa altura em que o Turismo do Norte tinha pouca disponibilidade financeira, segundo os próprios arguidos.
Funcionários pressionados
Melchior Moreira, presidente do Turismo do Porto e Norte, vai aguardar o desenvolvimento da Operação Éter em prisão preventiva.
Esta decisão é justificada pelo tribunal por ter tido em conta o depoimento do atual vice-presidente da instituição, que afirmou que Melchior Moreira tem tentado influenciar eventuais depoimentos de funcionários, pressionando alguns e beneficiando outros.
O testemunho de Jorge Magalhães é assim usado para sustentar também o principal foco da investigação, relacionado com a forma como foram contratadas as lojas interativas na região de turismo do Norte.
Assim, este afirma que foi pressionado pela diretora operacional para contratar várias entidades, a maior parte das quais do empresário de Viseu José Agostinho, indiciado por prevaricação, participação económica em negócio, entre outros crimes.
Vende-se por pouco… e de certeza mais que absoluta que comeram mal….
O Ministério Público, esqueceu-se das despesas das Portagens, Combustível, Hotel-com ou sem dama companhia, e na despesa do tempo da deslocação.
Tal como era espectável, parece, que neste caso “A MONTANHA PARIU UM RATO”, deve tratar-se mais de uma luta SUJA pelo poder, e não de um caso de grande corrupção….Só é lamentável, que a justiça se deixado arrastar e envolver nesta possivel “disputa”!….(1350 Euros num jantar oficial, para várias pessoas na feira de turismo de Madrid?….)