Presidente sul-coreano destituído

prachatai / Flickr

Yoon Suk-yeol, Presidente da Coreia do Sul

Impeachment aprovado  com apoio de membros do próprio partido de Yoon Suk-yeol, que declarou lei marcial a 3 de dezembro.  Primeiro-ministro assumirá o cargo de presidente interino.

O parlamento sul-coreano aprovou este sábado a destituição do Presidente Yoon Suk-yeol, com o apoio de membros do próprio partido do Presidente, por Yoon ter declarado a lei marcial em 3 de dezembro.

Participaram no processo todos os 300 deputados da Assembleia Nacional (parlamento), tendo o resultado sido 204 votos a favor da moção apresentada pela oposição para destituir Yoon, 85 contra, três abstenções e oito votos nulos.

Para aprovar a moção, eram necessários pelo menos 200 votos a favor para obter uma maioria de dois terços no hemiciclo e, embora o voto seja secreto, pelo menos 12 deputados do Partido do Poder Popular (PPP), conservador e no poder, tinham de apoiar a destituição, uma vez que os partidos da oposição têm um total de 192 lugares.

Yoon será suspenso e o primeiro-ministro assumirá o cargo de presidente interino. O tribunal constitucional tem apenas seis meses para se pronunciar sobre a destituição.

Yoon e os seus aliados estão atualmente a ser investigados e estão proibidos de viajar.

O fracasso da lei marcial provocou o caos político na Coreia do Sul. O ex-ministro da Defesa da Coreia do Sul Kim Yong–hyun, acusado de rebelião e abuso de poder, tentou cometer suicídio depois da sua detenção e os dois principais chefes da polícia também foram detidos.

A lei marcial, a primeira em mais de 40 anos, durou cerca de seis horas, mas desencadeou uma crise política e grandes protestos populares.

ZAP // Lusa

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