Os partidos da oposição sul-coreana apresentaram, esta quarta-feira, um impeachment ao presidente Yoon Suk Yeol, devido à sua breve declaração de lei marcial.
“Apresentámos uma moção de destituição preparada com urgência“, disseram os representantes de seis partidos da oposição, incluindo o principal Partido Democrático, citados pelo The Guardian, numa conferência de imprensa.
Os partidos afirmaram ainda que vão discutir o momento da votação, mas que esta pode ocorrer já esta sexta-feira.
Com o impeachment, ou moção de destituição, a Assembleia Nacional pode destituir o Presidente se mais de dois terços dos deputados votarem a favor.
O anúncio desta medida ocorreu horas depois de o presidente sul-coreano ter decretado, esta terça feira, a lei marcial no país, alegando problemas com impostores do governo dentro do país. Pouco tempo depois, levantou a medida.
Ainda assim, a declaração feita de surpresa desencadeou um impasse no Parlamento, que acusou o Presidente Yoon Suk Yeol de proibir a atividade política e censurar os meios de comunicação social.
Após o seu anúncio feito de surpresa, os militares entraram no edifício da Assembleia Nacional enquanto a polícia e os manifestantes se confrontavam no exterior. A certa altura, os políticos utilizaram mesmo extintores de incêndio para impedir a entrada das tropas no parlamento.
Em poucas horas, o parlamento sul-coreano, com 190 dos seus 300 membros presentes, aprovou por unanimidade uma moção que exigia o levantamento da lei marcial, incluindo os 18 membros presentes do partido do Presidente (que não tem maioria no parlamento).
Agora, apesar de o presidente ter levantado a lei, o impeachment vai avançar, e “o parlamento deve concentrar-se na suspensão imediata das atividades do presidente para aprovar o mais rapidamente possível um projeto de lei de destituição”, declarou à SkyNews Hwang Un-ha, deputado da coligação de oposição.
“Foi claramente revelado a toda a nação que o Presidente Yoon já não consegue governar o país normalmente. Deve demitir-se”, disse Park Chan-dae, do maior partido da oposição, o Partido Democrático.
Os EUA, aliados políticos e económicos do país, também já reagiram à situação: “A Coreia do Sul, enquanto nação, escapou a uma bala, mas o Presidente Yoon pode ter dado um tiro no pé“, afirmou Danny Russel, vice-presidente do grupo de reflexão Asia Society Policy Institute, nos Estados Unidos.
O Secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, felicitou a decisão de Yoon de anular a declaração de lei marcial: “Continuamos a esperar que os desacordos políticos sejam resolvidos de forma pacífica e em conformidade com o Estado de direito“, declarou num comunicado.
Por favor escrevam os artigos em Português (de Portugal de preferência), em Portugal não se diz impeachment mas sim destituição. Sendo o ZAP um “portal” de notícias, deveriam ter mais cuidado com o material apresentado.
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