Hugo Delgado / Lusa

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, considerou, esta sexta-feira, que o país está a passar da pandemia à endemia e realçou a diminuição no número de internados e mortes, em relação ao ano passado.
“Estamos a passar à endemia. A pandemia está, ainda, aí, mas já passamos à endemia”, considerou o presidente da República esta sexta-feira.
Marcelo Rebelo de Sousa falava aos jornalistas à margem de uma visita ao Centro Social Paroquial Nossa Senhora da Conceição da Costa da Caparica, no concelho de Almada, distrito de Setúbal.
Questionado acerca da evolução recente da pandemia no nosso país, o Presidente salientou que, apesar de o número de casos ser mais elevado, o número de óbitos e doentes internados é este ano “muito menor”.
“O número de internados é um terço de há um ano e o número de cuidados intensivos é um quarto de há um ano e o número de mortes é um quarto de há um ano”, salientou o Chefe de Estado.
“Há uma diferença importante entre este ano e o anterior, que as pessoas já perceberam. Há uma multiplicação de contágios porque há uma maior abertura. As pessoas vão ao futebol, as pessoas vão aos espetáculos. As pessoas trabalham e circulam e isso naturalmente é diferente de uma situação de confinamento“, notou.
“Devemos ter, naturalmente, as precauções e o bom senso, mas já nos habituámos aos poucos a viver com este fenómeno”, acrescentou Marcelo Rebelo de Sousa.
Sobre um eventual adiamento do regresso às aulas, marcado para dia 10 de janeiro, o Presidente da República deixou a decisão para o Governo.
“Ouvidos os especialistas, há que deixar essa decisão em função daquilo que se verificar daqui por uma semana a semana e meia. Não há nada como ir acompanhando a evolução da situação para tomar decisões”, afirmou o presidente da República.
Portugal mais jovem e rico por causa da imigração
No último dia do ano, na sua visita ao centro paroquial na Costa da Caparica, o Presidente da República fez um retrato do Portugal contemporâneo, que é mais jovem e mais rico por causa da imigração.
A poucas horas do fim do ano e do arranque de 2022, Marcelo Rebelo de Sousa visitou o Centro Social Paroquial Nossa Senhora da Conceição da Costa da Caparica, concelho de Almada, para conhecer as histórias de vários imigrantes.
“Olhando para os números, eu próprio fiquei impressionado. Demos um pulo no número de imigrantes desde 2019 para 2021. Estávamos acima de meio milhão e estamos quase com 700.000. É um número muito significativo e esse aumento com efeitos na vida de todos nós”, detalhou o Presidente da República.
Um destes efeito, acrescentou Marcelo Rebelo e Sousa, é haver uma “sociedade portuguesa que é mais jovem, largamente por causa dos migrantes”.
Os imigrantes também “contribuem com muito mais dinheiro do que aquele que recebem”, algo que o Marcelo Rebelo de Sousa disse ser impressionante. “Estes cidadãos são dos que mais contribuem e dos que menos recebem“, salientou.
“Para a Segurança Social, em proporção, contribuem muito mais do que os portugueses, e, portanto, há mudanças que se vão dando na sociedade portuguesa, que está envelhecida, que muitas vezes por causa disso é menos dinâmica, esta capacidade de renovação e de integração enriquece o país”, concluiu.
Para o Presidente da República “é um sinal do futuro”.
Melhores condições para a campanha
O Presidente da República considerou que há melhores condições para realizar a campanha eleitoral das legislativas do que havia nas presidenciais, acrescentando que o problema dos eleitores em isolamento está a ser acautelado.
“A campanha eleitoral neste próximo ano vai ser melhor do que aquela que eu tive. A campanha que tive em janeiro era com um galope monumental do número de mortes, internados e de cuidados intensivos… Mesmo assim foi feita, mas foi, sobretudo, uma campanha de debates televisivos e radiofónicos”, sustentou o chefe de Estado.
Reconhecendo que o esquema de campanha será semelhante este ano, com muito enfoque em debates, até porque a pandemia não acabou, Marcelo Rebelo de Sousa referiu que “há mais espaço para mais campanha”, justificando a afirmação com a situação pandémica diferente que o país vive, nomeadamente a inexistência de um confinamento.
O Presidente da República também foi questionado sobre a previsão de haver quase 600.000 pessoas em isolamento em janeiro, o que poderá impedir milhares de portugueses de se deslocarem às urnas.
“No ano passado o número de portugueses que estavam em isolamento profilático era provavelmente inferior àquele que vai ser agora, depende um bocadinho dos prazos de isolamento”, respondeu Marcelo Rebelo de Sousa.
O chefe de Estado acrescentou que “prazos mais curtos” de isolamento fazem com que haja menos isolados ao mesmo tempo, no entanto há um outro trabalho de preparação que tem de ser feito, nomeadamente na disponibilização de estruturas preparadas para impedir constrangimentos no voto.
“Exige às autarquias, que já o começaram a fazer, estruturas antecipadas, que no ano passado foi em cima da hora […], ter sobretudo voluntários disponíveis para esse esforço. Tem de ser feito, porque a ideia é ter o maior número de portugueses a votar, devem poder votar, independentemente de estarem ou não isolados”, concretizou.
Marcelo Rebelo de Sousa recordou que na “primeira vez foi um bocado de improviso”, da segunda vez “a pressão é maior”, mas também tem de haver mais organização para isso.
Sobre a possibilidade de uma solução estável sair das eleições de 30 de janeiro, o Presidente da República optou por dizer que essa decisão está nas mãos dos portugueses e que ninguém quer ter “eleições de dois em dois anos”.
ZAP // Lusa
Este Marcelo não acerta uma!
Portugal mais rico com a exploração dos imigrantes? Para isso seria necessário que a economia crescesse, além disso o que propõe que se faça quando chegar a vez do país lhes pagar as reformas? Tenciona roubá-los como foi feito aos portugueses?
Relativamente à pandemia, os números crescem porque há maior abertura ou porque há maior descontrolo?
O homem não esta bem…nao acerta uma…
Enfim…politiquinhos que temos…