Os especialistas alertam que o fluxo de pessoas está a causar danos irreversíveis ao monumento emblemático mais importante da Índia.
O preço do bilhete para os visitantes indianos do Taj Mahal foi aumentado em 400%, na mais recente tentativa de reduzir o número de turistas e diminuir os dados irreversíveis que estão a prejudicar o principal local turístico do país.
Os indianos compõem a maioria dos 10.000 a 15.000 visitantes, em média, que visitam diariamente o Taj Mahal. Segundo o The Guardian, em 2016, cerca de 6,5 milhões de pessoas visitaram a obra-prima em mármore branco do século XVII.
Um bilhete com tudo incluído para cidadãos indianos foi aumentado de 50 rupias (0,61 euros) para 250 rupias (3,05 euros) – um aumento de 400%. O aumento do preço do bilhete para visitar o monumento construído pelo Imperador mogol Shah Jahan como um túmulo para a sua esposa Mumtaz Mahal, entrou em vigor esta segunda-feira.
Já o ingresso para turistas estrangeiros ao palácio de mármore da cidade de Agra, no norte da Índia, subiu de 14 euros para 16.66 euros, adianta o The Guardian.
“Queremos que as pessoas paguem mais para conseguimos limitar os passos”, explicou à AFP um porta-voz da Archaeological Survey of India, órgão do Governo responsável pela manutenção do monumento. “Esta medida irá reduzir o número de visitantes em, pelo menos, 15-20%, gerando receita suficiente para a sua conservação”, continuou.
Esta medida ocorre apenas alguns meses depois de as autoridades indianas terem restringido o número de turistas diário para 40 mil. Anteriormente, até 70 mil pessoas visitavam o Taj Mahal, principalmente aos fins de semana.
A verdade é que, segundo os especialistas, o fluxo excessivo de pessoas está a causar danos irreversíveis no piso de mármore e nas paredes do monumento. As autoridades lutam também para impedir que o mármore branco se torne amarelo à medida que os níveis de poluição aumentam na cidade de Agra, na Índia.