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Os portugueses não precisam de agradecer a António Costa (a menos que seja com votos)

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Mário Cruz / Lusa

O secretário-geral do PS, António Costa, considerou esta quinta-feira que os eleitores não lhe precisam de agradecer pelas medidas adotas pelo Governo, pedindo antes que os eleitores lhe deem força com o seu voto para defender os direitos conquistados durante a legislatura.

“Não têm que agradecer nada ao Governo, não têm que agradecer nada ao António Costa. Têm de dar força ao Governo, têm de dar força ao PS e têm de dar força ao António Costa para defender os direitos conquistados e os direitos que não podemos voltar a perder”, afirmou esta quinta-feira num comício em Santarém.

Costa contou que durante a noite desta quinta-feira, quando estava a entrar na Casa do Campino, encontrou uma senhora que lhe agradeceu por o Governo “ter devolvido” a sua reforma. Um episódio que, de acordo com o líder socialista, também já tinha acontecido consigo esta manhã, mas em Moscavide, no concelho de Loures.

“Mas eu quero dizer o seguinte: Os direitos não se agradecem, os direitos defendem-se, porque os direitos são próprios, ninguém dá nada”, contrapôs o secretário-geral do PS, recebendo uma prolongada salva de palmas.

António Costa recordou depois que o que está em jogo nas eleições no dia 6 de outubro.

Tal como fizera na quarta-feira à noite no comício socialista de Loulé, António Costa procurou deixar duas garantias aos eleitores: “Connosco o diabo não vem, mas connosco também não vamos andar para trás, porque o caminho é para a frente”.

No seu discurso, como nos anteriores, António Costa salientou as ideias de que o seu Governo “cumpriu todos os compromissos”, de que houve estabilidade política nos últimos quatro anos e, mais importante, que “acabou o tempo do sobressalto” para as pessoas – aqui, numa crítica ao executivo PSD/CDS-PP entre 2011 e 2015.

Em relação aos próximos quatro anos, o secretário-geral do PS defendeu que, se os eleitores “derem força” aos socialistas “continuarão a ser reduzidos os níveis de pobreza e diminuídas as desigualdades no país”.

Se o PS formar novamente Governo, segundo António Costa, além da continuação do aumento do salário mínimo nacional, procurar-se-á celebrar um acordo de rendimentos na concertação social para melhorar os salários em geral, sobretudo os dos mais jovens.

Também em relação à próxima legislatura, o líder socialista prometeu uma redução dos custos no acesso à saúde e uma melhoria dos serviços públicos prestados aos utentes do Serviço Nacional de Saúde (SNS).

“Vamos progressivamente reduzir as taxas moderadoras no SNS nos cuidados de saúde primários e vamos alargar o cheque dentista, que passará a abranger todas as crianças a partir dos dois anos. Quanto mais cedo as crianças puderem tratar a sua saúde oral, melhor saúde futura elas terão assegurada”, considerou.

António Costa referiu-se ainda a outra medida do programa eleitoral do PS no capítulo da saúde, dizendo que pretende introduzir um vale para os óculos – um vale que beneficiará jovens e crianças até aos 18 anos e todos os idosos com rendimento social de inserção.

“É essencial assegurar a boa qualidade visual a quem estuda e a quem já atingiu uma idade em que precisa de ser apoiado”, justificou.

ZAP // Lusa

1 Comment

  1. O Partido Socialista (PS) precisa durante esta campanha eleitoral e daí para a frente de voltar à suas verdadeiras cores, o vermelho, amarelo (símbolo e nome do partido), verde e vermelho (cores da República), intercalando com o vermelho, branco, e azul (cores do Trabalhismo).

    Deve acabar de vez com aquela propaganda e bandeiras de cores branca, cor-de-rosa, verde alface, que para além de ser ridículo e parolo, dá má imagem ao Partido Socialista (PS).

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