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Portugueses estão a aliviar confinamento. “Maio pode ser um mês de retrocesso”

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Justin Lane / EPA

Medição feita pela empresa PSE revela que os portugueses já estão a aliviar o confinamento. A Associação dos Médicos de Saúde Pública alerta, por sua vez, que “maio pode ser um mês de retrocesso”.

De acordo com o semanário Expresso, a medição da PSE, empresa que desenvolveu uma tecnologia para analisar a mobilidade dos cidadãos, mostra que este fim-de-semana (18 e 19 de abril) teve o valor mais baixo de confinamento desde que foi decretado o estado de emergência.

A análise refere que ficaram em confinamento 63,9% dos portugueses, uma percentagem “mesmo inferior ao valor verificado no fim-de-semana anterior à declaração do estado de emergência”.

O jornal avança ainda que este domingo se verificou uma descida de 17,7% face ao domingo anterior que, recorde-se, foi domingo de Páscoa. Relativamente a esta segunda-feira, o valor também é o mais baixo de todas as segundas analisadas (58%).

Em comunicado, a PSE refere que “a tendência é a de de um evidente relaxamento dos portugueses, ainda que ligeiro, em relação à recomendação de confinamento” do Governo.

O estudo da consultora portuguesa tem uma amostra de 3500 pessoas, das regiões do Grande Porto, Grande Lisboa, litoral norte, litoral centro e distrito de Faro, que aceitaram descarregar uma aplicação no telemóvel que acompanha todos os seus passos, todos os dias, 24 horas por dia, recorrendo ao GPS.

“Maio pode ser um mês de retrocesso”

Face ao relaxamento da população, e perante a intenção do Governo de avançar com a reabertura gradual da economia a partir de maio, a Associação dos Médicos de Saúde Pública alerta que “maio pode ser um mês de retrocesso” no combate à pandemia.

“Se em maio abrirmos de uma forma rápida de mais a circulação, a economia e a liberdade das pessoas, podemos vir a assistir àquilo a que muitos chamam ‘a segunda onda‘. Voltar a ter transmissão disseminada na comunidade, de uma forma não controlada”, alerta o vice-presidente da associação, Gustavo Tato Borges, em declarações à rádio Renascença.

O responsável lembra que o regresso à chamada normalidade terá de se fazer com cuidados redobrados, porque, “a partir do momento que as pessoas começam a relaxar e a assumir comportamentos de risco, então vamos voltar a assistir a um aumento do número de casos”.

Por isso, Tato Borges relembra que é importante “a utilização das máscaras por toda a gente em espaços comuns”, que as pessoas continuem a sair apenas “para aquilo que é estritamente necessário” e que, em casos como a Igreja, a reabertura das celebrações seja “com um número controlado de pessoas”.

“Redução da lotação, aumento da frequência de transportes públicos, a questão da desinfeção. São tudo coisas que têm de entrar no nosso dia-a-dia normal até termos a doença completamente controlada ou até haver uma vacina”.

Na semana passada, o Conselho de Ministros aprovou o decreto de execução do terceiro estado de emergência na sequência da pandemia de covid-19, que vigora até 2 de maio. A ministra do Estado e da Presidência, Mariana Vieira da Silva, lembrou que, durante estes dias, “estamos nas mesmas circunstâncias que estávamos até aqui” e que “as regras não mudaram”.

ZAP //

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9 Comments

  1. Em retrocesso já estamos.
    Não há boa escolha, resta saber o que mata mais, se o vírus, ou se o colapso da economia e o vírus do medo.
    Segundo vários economistas, a médio / longo prazo será muito pior o colapso da economia.

    São prognósticos. O que é certo é que esta pandemia é mais pandemónio, tendo em conta o pânico instalado e promovido pelos media e autoridades.

    • Sim. No médio/longo prazo o problema económico será provavelmente superior. Se esta pandemia demorar muito mais meses a combater (e parece-me que até ao final do ano não haverá um verdadeiro regresso à normalidade) os efeitos sobre a economia serão catastróficos. Encerramento de empresas, desemprego, desvalorização de ativos, falências em cadeia… Vamos acreditar que entretanto apareça um medicamento que possa combater o vírus, porque quanto à vacina, só depois do verão do próximo ano. Até lá deverá ser impossível. Mas como disse, acho que é possível o desenvolvimento de um qualquer fármaco (que até já pode existir) para auxilar no combate ao vírus.

  2. Estes arautos da desgraça não sei o que pretendem. Então as pessoas ficam em casa e vivem de quê? Não se compreende. É óbvio que tem de ser cuidados redobrados com a higienização dos espaços, uso de máscaras, etc.

  3. Porque é que a A Associação dos Médicos de Saúde Pública não fala da celebração do 25 de Abril na AR? Tenham vergonha na cara e deixem as pessoas trabalhar, porque se não morrem do virus morrem de fome e na miséria.

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