Maioria dos portugueses concorda com eleições antecipadas. Costa é favorito

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António Cotrim / Lusa

O primeiro-ministro, António Costa, intervém durante o debate parlamentar sobre o estado da Nação

Dissolução do Parlamento, em consequência do chumbo do Orçamento do Estado para 2022, tem o apoio de 59% dos portugueses. 43% dos portugueses apontam para uma vitória do PS.

Após dois Conselhos de Estado, realizados no dia de ontem, o Presidente da República vai hoje anunciar a dissolução da Assembleia da República e a convocação de eleições antecipadas.

Segundo uma sondagem da Aximage para DN, JN e TSF, a maioria dos portugueses concorda com a decisão (59%), ainda que seja mau para o país antecipar as legislativas (54%).

Relativamente aos principais responsáveis pelo chumbo do Orçamento do Estado, e consequente crise política, dois terços dos inquiridos fazem mira aos três partidos à esquerda (somam 67%).

Isto não significa que os portugueses considerem o caminho o mais favorável ao país. Uma grande maioria (54%) entende que antecipar as legislativas é “mau para o país” – sobretudo para o eleitorado entre 50 e 64 anos.

No que diz respeito à atuação de Marcelo Rebelo de Sousa, os portugueses mostram-se satisfeitos com a gestão que tem feito da crise política. 42% dos portugueses dão-lhe nota positiva e apenas 26% optam pela avaliação negativa. Já 27% refugiam-se numa resposta neutra.

Por outro lado, mais de metade do eleitorado (53%) gostaria de ter visto o PS a negociar com o PSD um novo Orçamento do Estado, mostrando que não partilham dos fantasmas sobre o bloco central. Só 30% dizem “não” a um entendimento entre os dois maiores partidos.

Costa leva a melhor, mas sem maioria absoluta

Com a possibilidade de eleições em cima da mesa, António Costa, atual primeiro-ministro, é o favorito à vitória.

43% dos portugueses apontam para uma vitória do PS, mas são ainda mais os que não acreditam que seja possível uma maioria absoluta nas próximas legislativas (68%), de acordo com a sondagem da Aximage para DN, JN e a TSF.  Este poderá ser mais um indício de que as eleições poderão redundar num equilíbrio parlamentar semelhante ao atual.

No que diz respeito a quem vai ganhar as próximas eleições, as exceções à regra – ou seja, os que apontam ao PSD, em vez de ao PS – encontram-se entre os que habitam nas regiões a sul, os que têm entre 18 e 34 anos e os que preferiram PSD e Chega nas últimas legislativas.

Contrariamente, os que estão mais convencidos de uma repetição da vitória socialista são os que vivem na região de Lisboa, os que têm 65 ou mais anos e, finalmente, os eleitores que optaram pelo voto nos três partidos da geringonça.

ZAP //

 

 

 

 

 

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