A líder do Bloco de Esquerda (BE), Catarina Martins, sublinhou que as patentes das vacinas devem ser levantadas, para que toda a população possa ser imunizada contra a covid-19, defendendo que Portugal deve ser “uma voz na Europa” e fazer mais para garantir a totalidade das vacinas.
“Neste momento, já devíamos estar a negociar todas as vacinas disponíveis. Devíamos ser uma voz na Europa para que haja a coragem de ultrapassar as patentes e garantir as vacinas”, disse Catarina Martins no final de uma visita ao Laboratório Militar, na manhã desta quinta-feira, citada pela TSF.
Relativamente à vacina da AstraZeneca, garantiu que “confia nas instituições de saúde portuguesas e na decisão que vão tomar”, frisando que “Portugal tem de tomar decisões quando a coordenação Europeia falha”.
“O que as instituições nos têm dito é que, de facto, existem efeitos secundários que não devem causar alarme. Tendo em conta os dados da ciência, não vemos razões para que se criem alarmismos na população. Pedimos para que se confie na ciência”, referiu.
Sobre a proposta do FMI, para que os mais ricos paguem impostos temporários, de forma a responder à crise, defende: “Tem de acabar esta ideia de que os gigantes vão para uma offshore e não pagam impostos em lado nenhum, enquanto uma mercearia tem de pagar os seus impostos. Para haver justiça na resposta à crise tem de se ter coragem para terminar com estes mecanismos de fuga ao fisco”.
Para a líder bloquista, é “inaceitável” taxar os salários dos trabalhadores, “quando não se tomam decisões de taxar as grandes fortunas que nunca pagam o que devem”.