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Portugal tem “almofada” de 15 mil milhões sem contar com reserva da banca

portugal.gov.pt

Ministra das Finanças, Maria Luís Albuquerque

Portugal tem uma “almofada financeira” de 15 mil milhões de euros, excluindo o montante consignado à banca que ainda não foi utilizado, segundo informações prestadas à Lusa pelo IGCP, a agência que gere a dívida pública portuguesa.

No entanto, considerando o valor reservado para o sector financeiro, de 6,4 mil milhões de euros, a ‘almofada financeira’ de que Portugal dispõe ascende aos 21,4 mil milhões de euros.

A ministra das Finanças, Maria Luís Albuquerque, afirmou que o Governo “é livre” de usar esse montante “sem qualquer tipo de restrição”, após os testes de ‘stress’ ao setor bancário.

Na sexta-feira, na conferência de imprensa em que apresentou os resultados da 12.ª avaliação ao programa, Maria Luís Albuquerque, disse que, uma vez que está em curso até ao final de outubro “uma avaliação abrangente do sistema bancário europeu para preparar o início do mecanismo europeu de supervisão bancária”, o Governo se comprometeu, “voluntariamente, a manter esse montante reservado até que este processo esteja concluído”.

Mas, segundo a governante, concluído esse processo, Portugal estará “naturalmente livre para o utilizar para reembolsar, realizar outras necessidades de financiamento, substituir emissões de dívida, sem qualquer tipo de restrição”.

Assim, somadas as duas parcelas, a ‘almofada financeira’ do país ascende a 21,4 mil milhões de euros, o equivalente a 12,9% do Produto Interno Bruto (PIB), mas excluindo a parcela que está ainda reservada à banca, a ‘almofada financeira’ portuguesa corresponde a 9% do produto.

Quando a Irlanda terminou o seu programa de resgate, a 15 de dezembro de 2013, tinha uma ‘almofada financeira’ de 20 mil milhões de euros, o que corresponde a 12,2% do PIB irlandês. A Irlanda, tal como Portugal, optou por uma ‘saída limpa’, não recorrendo a programa cautelar.

O primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, afirmou este domingo, no discurso em que anunciou que o país vai terminar o programa de resgate sem recurso a qualquer programa cautelar, que Portugal tem “reservas financeiras para um ano”.

“Temos reservas financeiras para um ano, que nos protegem de qualquer perturbação externa. Temos a confiança dos investidores e os juros da nossa dívida estão em níveis historicamente muito baixos. Temos excedentes externos como não acontecia há décadas”, disse o primeiro-ministro.

/Lusa

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