Ao contrário de Portugal, que deu os primeiros passos no processo de desconfinamento, alguns países da Europa estão a voltar a impor medidas restritivas.
O número de novas infeções tem vindo a baixar em Portugal. Na Europa, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), os novos casos confirmados cresceram cerca de 6%, enquanto as mortes registaram “um declínio consistente”. Os números mais elevados registam-se em França, Itália e Polónia – que estão a ponderar voltar a confinar.
De acordo com o Sapo 24, França admite uma possível terceira vaga à boleia das novas variantes. Um surto de infeções deixou os hospitais de Paris quase saturados, pelo que as autoridades sanitárias estão agora a ponderar adotar novas restrições – e um novo confinamento não é descartado.
Jean Castex, primeiro-ministro francês, já disse que o país está a entrar “no que parece ser uma forma de terceira vaga, caracterizada por numerosas variantes”. Esta quinta-feira, o Governo vai anunciar “medidas adicionais nos territórios mais afetados” pela epidemia.
Em Itália, quase 40 milhões de italianos iniciaram, na segunda-feira, um novo confinamento devido ao aumento das infeções. Teme-se, inclusivamente, que o pico passe de 26.000 casos por dia para 40.000 já no final do mês.
Segundo o matutino, dois italianos em cada três, numa população de 60 milhões, residentes em 11 das 20 regiões, terão de permanecer confinados até 6 de abril na chamada “zona vermelha”. O resto do país encontra-se numa zona de risco intermédio, com exceção da Sardenha, que quase não tem limitações.
O Executivo decidiu também confinar todo o país de 3 a 5 de abril. O objetivo é evitar concentrações devido à Páscoa e às celebrações da Semana Santa.
O Executivo espanhol também não quer correr riscos na Páscoa. O Governo central e as comunidades autónomas, que têm autonomia em questões sanitárias, chegaram a um acordo na semana passada sobre uma série de medidas que todas as regiões devem cumprir durante a Semana Santa.
Na Alemanha, teme-se a chegada de uma terceira vaga. Segundo Dirk Brockmann, epidemiologista do Instituto Robert Koch (RKI), o número de casos tem vindo “aumentar exponencialmente” no país. A incidência acumulada em sete dias subiu para 86,2 por cada 100 mil habitantes, face a 84 na terça-feira e 65,4 da semana passada.
Para Brockmann, o país está “exatamente prestes a ter uma terceira vaga”, o que “não pode já ser disputado”. O especialista defende que este é o resultado do alívio das medidas, das propagação das novas variantes mais contagiosas e dos atrasos na vacinação.
Coronavírus / Covid-19
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