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Câmara do Porto recusa hastear bandeira LGBT no dia contra a homofobia

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Ana Gasston / Flickr

Edifício da Câmara Municipal do Porto, na Avenida dos Aliados

A Câmara Municipal do Porto recusou hastear a bandeira LGBTI+ na próxima segunda-feira, dia 17 de Maio, data em que se assinala o Dia Internacional Contra a Homofobia, Bifobia e Transfobia.

Segundo o Público, a autarquia justifica a decisão, garantindo que “não tem como prática hastear bandeiras, para além das protocolares” no edifício dos Paços do Concelho, a mesma razão dada à associação que fez o pedido para esta iniciativa.

Em comunicado, o Conselho Consultivo para as questões LGBTI (CCLGBTI) acusa a autarquia de “falta de sensibilidade”, e alerta que várias outras cidades portuguesas adotam a prática neste dia.

No documento pode ler-se: “o CCLGBTI lamenta esta falta de sensibilidade por parte do executivo portuense e, em particular do seu presidente, Dr. Rui Moreira, tanto mais que vemos assim cavar-se um fosso para tantas outras cidades portuguesas (…) que têm vindo a aderir a esta jornada tão carregada de significado que é o assinalar do dia 17 de Maio”, escreve o conselho consultivo.

O Público escreve que o pedido para hastear a bandeira na próxima segunda-feira partiu do núcleo portuense da associação AMPLOS.

Ana Maria Jorge, da comissão de coordenação, referiu ao jornal que a organização decidiu fazer uma fundamentação ainda maior no pedido, depois dos insucessos em outras ocasiões.

Na justificação enviada à organização, a autarquia portuense invoca um artigo do Código Regulamentar do Município do Porto, o D-1/2.º, nº 2, que dita a necessidade de licenciamento de “todas as demais ocupações do espaço público” que não correspondam “à sua normal utilização”. Como a bandeira arco-íris não é símbolo protocolar, a câmara considera necessário um licenciamento específico para esta ocasião.

No entanto, a justificação não caiu bem junto da AMPLOS, que considera que içar a bandeira LGBTI+ passaria aos portuenses uma mensagem de inclusão.

Para a próxima segunda-feira, dia 17 de maio, o CCLGBTI marcou uma concentração junto ao edifício da Câmara Municipal do Porto pelas 13h.

ZAP //

19 Comments

  1. Içar uma bandeira como a referida num espaço público, tentando criar maior inclusividade dos munícipes seria contra as leis da própria natureza, uma falta de respeito e um incentivo para que quem não é dessa tendência se torne.
    Guardem a bandeira e esperem pela islamização da europa, para a qual inconscientemente estão a contribuir, para depois fazerem esse pedido a um qualquer Sheik que vos escravize e vos tome posse das damas.

  2. “a autarquia justifica a decisão, garantindo que “não tem como prática hastear bandeiras, para além das protocolares” no edifício dos Paços do Concelho”
    Muito bem!

  3. Faz a Câmara do Porto muito bem! As opções sexuais a cada um diz respeito. Os outros não têm nada a ver com isso e muito menos que apoiar. Deixem as pessoas em paz, já começam a chatear muito. De tanto quererem ainda vão acabar novamente no armário.

  4. Não se trata de “opções”, mas sim de “orientação” sexual. Os dois termos NÃO SÃO semelhantes. É com estas notícias que se percebe a enorme quantidade de gente racista que existe em Portugal.

  5. Alguns destes comentários são completamente estúpidos, e revelam a falta de respeito e de cultura por parte de milhões de pessoas. A comunidade LGBT é um orgulho, e merece ser bem celebrada e RESPEITADA.

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