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“Sinto que desci ao inferno”. Polícias recordam ataque ao Capitólio

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Chip Somodevilla / EPA

O polícia Aquilino Gonell na comissão da Câmara dos Representantes que investiga a invasão ao Capitólio.

“É assim que vou morrer”, “sinto que desci ao inferno” e “corri o risco de ser morto” são alguns dos relatos de polícias que presenciaram a invasão ao Capitólio.

Começaram as audiências na comissão da Câmara dos Representantes que investiga os acontecimentos da invasão do Capitólio, com polícias norte-americanos que estavam de serviço, no dia 6 de janeiro, a serem ouvidos.

“É assim que vou morrer”, lembrou Aquilino Gonell, um dos polícias agredidos durante o ataque. “Para a maioria das pessoas, o 6 de janeiro durou apenas umas horas. Mas para aqueles que lá estavam, não acabou. Aquele dia continua a ser um trauma constante para nós”.

Citado pelo jornal britânico The Guardian, Gonell descreveu a invasão ao Capitólio como uma “batalha medieval” e referiu que, ainda hoje, sente os traumas daquele dia.

Outro dos polícias ouvidos, Michael Fanone, recordou a altura em que quase morreu: “Fui agarrado, espancado, eletrocutado, chamado de traidor. Eu corri o risco de ser morto com a minha própria arma de fogo, pois ouvi gritos de ‘matem-no com a sua própria arma'”.

O agente garantiu ainda ter ouvido várias pessoas a dizerem que estavam a atacar o Capitólio por terem sido “enviados” por Trump, escreve o Observador.

“Sinto que desci ao inferno para defender as pessoas que estão nesta sala. A indiferença demonstrada perante os meus colegas é vergonhosa”, acrescentou, referindo-se aos republicanos que decidiram boicotar a comissão de investigação à invasão ao Capitólio.

Por sua vez, Harry Dunn disse que foi alvo de insultos racistas por parte dos apoiantes de Donald Trump. O polícia afro-americano disse mesmo que nunca ouviu insultos racistas tão violentos como aqueles.

“É dececionante vivermos num país onde te atacam por causa da cor da tua da pele. Apenas para te magoar. Essas palavras são armas”, disse na comissão da Câmara dos Representantes.

Daniel Hodges, o quarto polícia a testemunhar, disse que os atacantes pareciam ser nacionalistas brancos e comparou-os a “terroristas”. O agente disse mesmo que alguns o ameaçaram de morte, dizendo que iria “morrer de joelhos”.

ZAP //

3 Comments

  1. Só rir! Uma data de pessoas desarmadas entra pelo capitólio adentro, parte umas portas e deita umas secretárias abaixo, e querem forçar a ideia de que foi um ataque terrorista.

    Ao mesmo tempo os negros e os seus simpatizantes passam uma boa parte de 2020 a incendiar cidades, destruir carros e casas, assaltar lojas, agredir e inclusivamente matar pessoas, e tá tudo bem! O verdadeiro problema são esses terroristas apoiantes do Trump! Os outros são uns anjinhos que só querem igualdade social!

    A parcialidade dos media é revoltante. Se virmos 20 vezes a mesma reportagem de algo sem qualquer importância, vamos achar que é a coisa mais grave do mundo. Ao mesmo tempo o verdadeiro terrorismo é abafado (“protestos acalorados mas pacíficos” dizia um repórter americano), pelo que facilmente desaparece da história.

    • “Uma data de pessoas desarmadas” – de facto, e’ mesmo para rir, este comentario. Foram encontrados explosivos nos organizadores da invasao, os filmes mostram os invasores a agredir policias, a ameaca-los de morte, e resultaram da invasao varios mortos. Eis a “pacifica” invasao e que “pacificos” que eram os invasores.

      Os crimes de outros – negros ou seja quem for, nao justificam os CRIMES destes pulhas fanaticos. E se nao querem que se diga que estes pulhas fanaticos sao trumpistas, basta que eles proprios digam que nao sao trumpistas. HaHam, nao, afinal nao podem, porque foram FILMADOS a gritar que foram enviados por Trump .

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