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Polícia abre investigação preliminar à campanha de reeleição de Dilma Rousseff

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Sondagens à "boca das urnas" apontam Dilma Rousseff e Aécio Neves na segunda volta

Sondagens à “boca das urnas” apontam Dilma Rousseff e Aécio Neves na segunda volta

A Polícia Federal abriu uma investigação preliminar para verificar supostas irregularidades na campanha eleitoral que culminou, em outubro de 2014, com a reeleição da Presidente brasileira, Dilma Rousseff.

A investigação foi aberta a 7 de outubro pela Polícia Federal por decisão do magistrado Gilmar Mendes, um dos membros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), segundo fontes policiais contactadas pela rede de televisão Globo, que deu a noticia esta sexta-feira.

O objetivo é determinar se Rousseff e o seu vice-presidente, Michel Temer, incorreram em abuso de poder para obter a reeleição e se a campanha eleitoral foi financiada com recursos desviados da petrolífera estatal Petrobras.

As contas, que relacionam receitas e despesas de campanha, foram aprovadas com ressalvas em dezembro do ano passado, mas, em agosto último, o magistrado Gilmar Mendes pediu à Procuradoria-Geral da República e à Polícia Federal, nova investigação para esclarecer se a campanha eleitoral de Rousseff beneficiou de dinheiro procedente da teia de corrupção que desviou cerca de dois mil milhões de dólares da Petrobras.

O juiz citou uma declaração de um empresário preso pelo seu envolvimento na corrupção na Petrobras, que colabora com a investigação em troca de uma redução da pena, e que afirmou ter doado 7,5 milhões de reais (1,7 milhões de euros) para a campanha eleitoral de Dilma Rousseff procedentes dos desvios.

O magistrado também pediu que sejam investigadas eventuais irregularidades nos pagamentos a uma empresa que recebeu aproximadamente 444.400 dólares da campanha eleitoral de Dilma que tinha sido criada apenas dois meses antes de ser contratada e que não explicou na documentação os serviços prestados.

Dilma Rousseff, cuja popularidade atinge mínimos históricos, enfrenta uma grave crise política, que se agudizou com o gigantesco escândalo de corrupção na petrolífera estatal brasileira.

/Lusa

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