Lula da Silva encontra-se, neste sábado, com Marcelo Rebelo de Sousa no primeiro dia de agenda pública de uma visita polémica a Portugal. Na manga, traz um acordo comercial para a produção em Portugal do avião Super Tucano com padrões da NATO.
É “uma oportunidade de retomar a diplomacia presidencial e relançar a relação bilateral, que teve perfil político mais baixo nos últimos anos”. É assim que a Presidência brasileira define esta visita de Lula da Silva a Portugal.
O líder do Brasil traz consigo oito ministros e planos para assinar vários acordos oficiais com Portugal.
Depois do encontro com Marcelo, Lula da Silva vai estar lado a lado com António Costa, o primeiro-ministro português, numa cimeira entre os dois países no Centro Cultural de Belém, em Lisboa.
Os dois chefes de Governo irão assinar “pelo menos 13 documentos, incluindo cooperação entre as agências espaciais do Brasil e de Portugal, entre as agências de cinema dos dois países para produção audiovisual, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) com diversos ministérios de Portugal e para equivalência de estudos nos níveis fundamental e médio, entre outros”, como indica o Governo brasileiro.
“A viagem faz parte do relançamento das relações diplomáticas do Brasil com os seus principais parceiros, como já foi o caso da visita à China, há 10 dias, e aos Estados Unidos, Argentina e Uruguai nesse início de governo”, refere ainda a Presidência brasileira em comunicado.
Acompanham a comitiva do Presidente brasileiro, os ministros das Relações Exteriores, da Defesa, da Educação, da Cultura, da Saúde, da Igualdade Racial, dos Direitos Humanos, da Ciência, da Tecnologia e Inovação, além do ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República.
“Cerca de 252 mil brasileiros residem legalmente em Portugal“, sem contar com “os brasileiros com nacionalidade portuguesa ou outra nacionalidade europeia”, recorda o Governo brasileiro, reforçando a importância desta viagem, a primeira à Europa desde que Lula da Silva tomou posse a 1 de Janeiro deste ano.
Polémicas e protestos esperam Lula
A vinda de Lula da Silva a Portugal está a gerar muita polémica, a começar pelo discurso que o Presidente brasileiro vai fazer no Parlamento português. Chegou a noticiar-se que falaria na sessão solene do 25 de Abril, o que motivou acesas críticas de PSD, Iniciativa Liberal (IL) e Chega.
Finalmente, decidiu-se que Lula vai discursar numa sessão especial que decorrerá no Parlamento a 25 de Abril, mas fora do âmbito das comemorações oficiais da Revolução dos Cravos. Apesar disso, a decisão continua a ser polémica, uma vez que será o primeiro Chefe de Estado estrangeiro a discursar na Assembleia da República numa data tão marcante para Portugal.
Chega e IL já prometeram marcar o momento com protestos.
A situação agravou-se com as recentes declarações de Lula sobre a guerra na Ucrânia, acusando a União Europeia e os EUA de terem uma papel relevante como causadores do conflito.
“A decisão da guerra foi tomada por dois países”, disse, culpando também a própria Ucrânia pelo início da guerra.
Contudo, Lula não deverá ficar para as comemorações oficiais desse dia, embora tenha sido convidado pelo presidente do Parlamento, Augusto Santos Silva. O Presidente do Brasil vai partir de imediato para Madrid, onde tem um almoço marcado com o Rei de Espanha para 25 de Abril.
Embraer Portugal vai produzir avião Super Tucano
A visita de Lula a Portugal também pretende reforçar as relações comerciais dos dois países, nomeadamente no domínio da aeronáutica.
O ministro da Defesa do Brasil, José Múcio Ribeiro, confirma, em Lisboa, que a empresa aeronáutica brasileira Embraer vai produzir, em Portugal, o avião Super Tucano com padrões NATO. Isto numa parceria com a OGMA – Indústria Aeronáutica de Portugal que tem sede em Alverca e que é controlada pela Embraer.
Lula “quer tanto incentivar a indústria de Defesa brasileira quanto aumentar o investimento na indústria de Defesa”, explica o ministro.
E como a Embraer já está a operar em Portugal, Múcio Ribeiro refere que a empresa vai “fabricar aviões brasileiros já com as características da OTAN [NATO]” em Portugal.
“O Super Tucano brasileiro não tinha” essas características, explica o ministro.
Além disso, a outra ideia é exportar o KC-390, já produzido pela Embraer em Portugal, para outros países europeus.
A Embraer tem importantes investimentos em Portugal – o Estado português comprou-lhe, recentemente, cinco aviões KC-390.
ZAP // Lusa
Lugar de ladrão é na prisão. O resto é vergonha
A vantagem deste gajo é que não é fácil mantê-lo na prisão. O gajo era serralheiro…
Vamos espalhar isso para o mundo, Lula ladrão o seu lugar é na prisão.
Atenção ZAP. A Embraer já não é Embraer; foi vendida aos Espanhois a agora chama-se Aernnova.
Se tivesse vergonha este serralheiro corrupto nem punha os pés num país da Comunidade Europeia. que ele acabou de criticar. Veio cá porque temos um bando meio comunista no poder e um Presidente da República caetanista, armado em vermelho.
Aqui no Brasil ele não foi eleito, foi colocado na presidência pelo STF e, por onde ele passa aqui, ele ouve o refrão, Lula ladrão o seu lugar é na prisão.
Há alguns que protestam por Lula ter tido a coragem de dizer que a paz na Ucrânia não pode ser conseguida à custa da derrota da Rússia ou da Ucrânia. A paz exige compromissos e Lula tem razão quando diz que nem os EUA nem a UE procuram um compromisso. Só exigem a derrota da Rússia, como se isso fosse possível.. Pode-se e deve-se condenar a invasão da Ucrânia pela Rússia, mas agora a paz terá de passar por uma negociação que leve em conta os legítimos – legítimos! – interesses das duas partes.
Bem…o amigo tem andado muito distraído. A URSS também não podia perder no Afeganistão…e perdeu, depois de uma guerra de 10 anos. Os EUA também não poderiam perder no Vietname e também perderam. De resto, são muito poucas as guerras ganhas por uma superpotência. Mas a história, o conhecimento, etc não são decididamente o seu forte. É mais a tradicional conversa de tasca em hora de fecho.
E haverá negociação, logo que os criminosos abandonem a Ucrânia.