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Há novas pistas sobre o túmulo perdido de Alexandre, o Grande

Um dos maiores conquistadores da história, Alexandre, O Grande, começou por herdar do pai o reino da Macedónia tendo alargado as fronteiras das terras sob o seu domínio por toda a Ásia Menor, da Pérsia até à Índia, entrando pelo Egito.

Apesar da grandiosidade dos seus feitos militares e das heranças da expansão da cultura helenística, o paradeiro do seu corpo ficou perdido no tempo.

Alexandre morreu, aos 32 anos, no antigo palácio de Nabucodonosor II, na cidade de Babilónia, após 12 dias de uma agonia que sempre intrigou os historiadores. O cortejo fúnebre transportou o corpo, selado num sarcófago de ouro, envolto noutro, com baixos relevos que evocam cenas das suas campanhas.

Ptolomeu, o seu antigo general, e fundador da dinastia ptolemaica no Egito, deixou o corpo a repousar em Mênfis. O seu sucessor, Ptolomeu II, transladou-o para Alexandria, onde ficou. Há narrativas de visitas ao túmulo por figuras como Pompeu, Júlio César e Augusto e reza a lenda que o imperador Calígula chegou a tirar do sarcófago a armadura, para a usar.

Contudo, a subida do nível das águas e alterações na geografia do delta do Nilo mudaram gradualmente a configuração de Alexandria. Entre elementos que o mapa acabou por apagar está o paradeiro do túmulo de Alexandre, apenas tendo sido encontrado o sarcófago exterior, que está em exposição num museu em Istambul.

Dedicada há muito à procura do túmulo de Alexandre, a arqueóloga grega Calliope Limneos-Papacosta estava prestes a desistir depois de 14 anos de campanhas quando, subitamente, uma estátua em mármore dos tempos de Alexandre, achada num parque na cidade, a conduziu a escavações que revelaram vestígios da fundação de Alexandria.

As revelações foram agora dadas a conhecer pela National Geographic que conta como as equipas estão a escavar o antigo bairro real de Alexandria e, em particular, uma estrada romana que poderá conduzir ao túmulo de Alexandre, o Grande.

“Estou feliz por não ter desistido quando cheguei ao lençol freático”, disse Papakosta, que teve que projetar um elaborado sistema de bombas e mangueiras para manter o local seco o suficiente para escavar. “Eu insisti e continuei”.

Ao longo dos anos, Papakosta tornou-se cada vez mais convencida de que está a aproximar-se do túmulo perdido de Alexandre. “Com certeza, não é fácil encontrá-lo”, refere. “Mas, com certeza, estou no centro de Alexandria, no quartel real, e todas estas possibilidades estão a meu favor”.

ZAP //

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