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A mais pequena nave espacial do mundo voou pela primeira vez (e com sucesso)

M. Kornmesser / European Southern Observatory

Conceito artístico do planeta Próxima b em órbita da sua estrela, Próxima Centauri

Tem o tamanho de um selo, mas um objetivo muito maior do que o seu tamanho: procurar vida num exoplaneta. E até já levantou voo.

A Próxima Centauri é uma estrela anã vermelha que se situa a 4,5 anos luz da Terra – uma distância bem curta quando comparada com o tamanho e as dimensões da nossa galáxia e do Universo.

A orbitar este astro há pelo menos um planeta que se crê habitável por estar possivelmente coberto de água em estado líquido, o Proxima b. No entanto, a distância que separa a Terra deste exoplaneta – e das formas de vida que poderá albergar – tornam esta uma descoberta e investigação difícil.

Depois de, no ano passado, Stephen Hawking e Yutri Milner terem apresentado um projeto para chegar a Alfa Centauri – o sistema solar mais próximo da Terra -, que se tratava de uma sonda que levaria 20 anos a lá chegar e traria as primeiras imagens do exoplaneta.

Passadas umas semanas, as naves encarregadas desta tarefa passaram a sua primeira prova no espaço. Trata-se de um protótipo conhecido como Sprites, de apenas 3,5 centímetros quadrados e que pesa apenas quatro gramas, segundo o El Pais.

Estas naves representam o próximo passo na miniaturização de sondas e satélites e, segundo especialistas, são a opção mais razoável para missões de longa distância entre as estrelas mais próximas do sistema solar.

Em junho, foram lançados no espaço dois destes dispositivos, que estão a ser desenhados em Manchester desde 2008, “colados” a dois nanosatélites – o Max Vallier e o Venta -, naquele que foi o primeiro voo bem sucedido das naves espaciais mais pequenas do mundo.

O equipamento – considerado simples, já que se tratava apenas de um pequeno painel solar, uma antena, um rádio, um giroscópio e um magnetómetro – funcionou bem e foi capaz de comunicar com a Terra.

“Agora esperamos lançar mais uns quantos chips que voem sozinhos no espaço”, explicou Zach Manchester, investigador na Universidade de Harvard, nos EUA, e designer de protótipos.

ZAP //

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