Marcelo Sayao / EPA
O presidente Jair Bolsonaro comentou durante sua visita a Buenos Aires a acusação de violação contra o jogador Neymar.
Questionado por jornalistas se acreditava que o atleta era inocente, respondeu: “Pelo que eu vi até agora é, né?”, afirmou logo após almoço com o presidente argentino, Mauricio Macri. “Se analisar o contexto ali, o que é que ela fez ao atravessar o Atlântico, né? Ela falou, eu vi no Cabrini parte da entrevista, ela a dizer que foi lá para fazer… fazer amor com ele”, acrescentou, referindo-se à modelo Najila Trindade Mendes, que fez a denúncia.
Ao comentário de que o jogador não teria sido “muito amoroso” com Najila, o presidente afirmou, segundo a BBC: “Eu não sei, não estava no quarto”.
Sobre o encontro com o jogador na noite de quarta-feira, no amistoso entre Brasil e Catar, Bolsonaro disse ter conversado “amenidades”. “É um jovem rapaz. Tenho filhos mais novos e mais velhos que ele. Gosto do pai dele”, emendou.
Sobre o afastamento do jogador da Copa América, o presidente afirmou que “realmente, se eu não me engano, à uma e meia da manhã quando sai do hospital, ele estava a fazer ressonância magnética, foi excluído, foi cortado, porque não tem condições de se recuperar até lá. Acho que todo mundo quer ver o Neymar jogar. Até o povo argentino”.
O jogador tem vivido dias conturbados, depois de ter sido acusado por Najila Trindade de a ter violado num quarto de hotel em Paris, no passado mês de maio. Em reação a esta denúncia, a estrela de 27 anos divulgou um vídeo em que tornou públicas as conversas que manteve com a alegada vítima, bem como fotografias íntimas da mesma.
No Brasil é crime oferecer, partilhar, transmitir, vender, distribuir, publicar ou divulgar imagens ou vídeos de conteúdo sexual por qualquer meio sem o consentimento da vítima, com a pena prevista a estender-se entre um e cinco anos de prisão, tempo que pode aumentar caso essa ação tenha por base motivos de vingança ou humilhação.
Por isso, as autoridades brasileiras já convocaram o futebolista para um interrogatório devido à investigação relacionada com essa divulgação na Internet. De acordo com o mesmo site brasileiro, Edu Gaspar, coordenador das seleções, afirmou que Neymar está livre para prestar o seu depoimento à polícia, coisa que fez esta quinta-feira.
