O futebolista brasileiro Neymar prestou na quinta-feira depoimentos numa esquadra do Rio de Janeiro, no âmbito de uma investigação sobre a partilha de imagens íntimas da mulher que o acusa de violação.
De acordo com o portal G1 do grupo Globo, Neymar foi ouvido durante quase duras horas e não respondeu a perguntas dos jornalistas à saída, mas agradeceu as manifestações de apoio que tem recebido. “Quero agradecer aos fãs, amigos, obrigado pelo carinho. Só quero agradecer o carinho de todos”, afirmou o jogador do Paris Saint-Germain (PSG).
A advogada Maira Fernandes, que representa o avançado brasileiro, afirmou que o jogador “está calmo” e “prestou todos os esclarecimentos” às autoridades, e voltou a insistir na inocência do futebolista, acusado de violação pela modelo Najila Trindade.
O astro da seleção brasileira, de 27 anos, chegou à esquadra de cadeira de rodas, depois de se ter lesionado na quarta-feira à noite, num jogo em que o Brasil venceu o Qatar, na capital brasileira, uma lesão que o deixa de fora da Copa América.
Na sexta-feira, Neymar foi acusado de ter violado uma mulher, que apresentou uma queixa-crime na polícia de São Paulo. Segundo a queixa, o incidente ocorreu em 15 de Maio, às 20h20, num hotel de Paris, cidade onde Neymar representa o PSG.
O jogador foi chamado a depor depois de ter publicado, no sábado, um vídeo em que tornou públicas as conversas que manteve por escrito – entre Março e Maio – com a alegada vítima de violação, bem como fotos íntimas da mesma, em reação à denúncia de violação que a mulher fez na sexta-feira numa esquadra de polícia em São Paulo.
“Foi uma armadilha e acabei por cair. (…) A partir de agora vou expor toda a conversação que tive com a rapariga, todos os nossos momentos, que são íntimos, mas é necessário expô-los para provar que realmente não aconteceu nada de mais”, afirmou o avançado do Paris Saint-Germain na conta oficial no Instagram.
No Brasil é crime oferecer, partilhar, transmitir, vender, distribuir, publicar ou divulgar imagens ou vídeos de conteúdo sexual por qualquer meio sem o consentimento da vítima, com a pena prevista a estender-se entre um e cinco anos de prisão, tempo que pode aumentar caso essa ação tenho por base motivos de vingança ou humilhação.
ZAP // Lusa