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Linhas do tempo da monarquia. Pela primeira vez, Portugal vai ter um Plano Ferroviário

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Tiago Petinga / Lusa

O ministro das Infraestruturas, Pedro Nuno Santos

Pela primeira vez, Portugal vai ter um Plano Ferroviário Nacional (PFN). Esta segunda-feira, é dado o pontapé de saída para o debate nacional sobre a ferrovia.

Em declarações à TSF, o ministro das Infraestruturas, Pedro Nuno Santos, disse que o Plano Ferroviário Nacional (PFN) vai incluir o objetivo de ligação ferroviária a todas as capitais de distrito e de ligação dos terminais de mercadorias aos portos e terminais logísticos.

Nos transporte de passageiros, a prioridade é aumentar a densidade da rede e encurtar os tempos de viagem entre os diversos destinos.

“Temos este processo pensado para durar um ano, se conseguirmos antecipá-lo melhor”, afirmou o ministro, acrescentando que “não queremos um Plano Ferroviário Nacional feito à pressa e feito apenas pelo Governo, isso exige tempo”.

“Se nós queremos ser um país do século XXI, temos que ter uma rede ferroviária do século XXI“, continuou Pedro Nuno Santos.

De acordo com o jornal Público, quase toda a rede ferroviária que Portugal tem hoje foi construída pela monarquia. Atualmente, Portugal tem o mesmo número de quilómetros – 2546 – que tinha em 1893.

O plano terá uma visão de longo prazo, uma vez que “não há capacidade financeira para concretizar toda a rede ferroviária que nós desejamos no momento zero; mas nós temos que saber hoje qual a rede ferroviária que queremos ter no futuro para, à medida que tivermos capacidade financeira, o podermos ir concretizando”.

O financiamento que existe é no quadro financeiro plurianual 2021-2027, que inclui alguns projetos, como a “modernização da linha de Cascais, a quadruplicação da linha de Sintra, entre o Areeiro e a Gare do Oriente, a primeira fase da nova ligação entre Lisboa e o Porto e Porto – Vigo, a eletrificação do resto da rede que ainda falta eletrificar”.

O ministro disse ainda que não gostava que o debate sobre o PFN fosse dominado pela questão do comboio de alta velocidade porque “precisamos é de uma rede ferroviária que chegue a todo o país, que sirva a coesão territorial”.

O PFN está aberto a contributos “desde o poder local aos operadores e aos utilizadores”.

“Com bases nesses contributos, vamos fazer uma proposta e depois iniciamos uma nova fase, que tem como objetivo discutir essa proposta. Este processo terminará no Parlamento, para que o Plano Ferroviário Nacional passe a ser Lei à mesma imagem daquilo que acontece com o Plano Rodoviário Nacional”, explicou o governante.

Maria Campos, ZAP //

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3 Comments

  1. Fico à espera que reponham a linha da Póvoa e o troço comum com a linha de Guimarães que desapareceu com a aparecimento do metro do Porto. Esse magnífico meio de transporte para turistas e reformados, que se desloca à estonteante velocidade de uma pessoa em corrida lenta, num trajecto acentuadamente sinuoso talvez com o objectivo de passar em todas as ruas de cada freguesia, com tantas e tantas estações que se vêm dumas para as outras, e que como anda na superfície circula à custa do espaço ferroviário extinto e do espaço rodoviário permanentemente atrofiado e condicionado. Das zonas suburbanas, de comboio chegava-se ao centro do Porto em 5 minutos. Mas agora com o metro são 40 minutos. Uma obra de sonho.

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