Antigo ministro volta a falar sobre o processo TAP: “Não foi caso nenhum”, assegura.
Uma frase de António Costa sobre o processo TAP foi o momento que mais se destacou no debate quinzenal no Parlamento, na semana passada.
O primeiro-ministro tinha dito que a privatização da TAP não era obrigatória no plano de reestruturação em Bruxelas; Pedro Nuno Santos, ex-ministro das Infraestruturas e que lidou directamente com o assunto, disse depois que essa privatização não era obrigatória.
Perante os deputados, Costa afirmou:
“Efectivamente não é obrigatório no plano, expressei-me mal. O que devia ter dito é que era sempre um pressuposto do momento da nacionalização, que ela seria parcialmente ou totalmente reprivatizada”.
Pedro Nuno Santos voltou à SIC Notícias na noite passada e assegurou que esta contradição não é “caso nenhum”.
Tem-se avançado a possibilidade de que a frase “expressei-me mal” foi uma forma de o primeiro-ministro acabar com o assunto para não acumular divergências com o ex-ministro.
Luís Marques Mendes disse mesmo, na véspera, que António Costa teria “algum receio” de Pedro Nuno Santos.
Pedro Nuno não concorda. Até porque Costa não rima com medo: “Do que conheço de António Costa, não me parece que seja medo de quem quer que seja, quanto mais de mim”.
“Para mim, sempre foi óbvio que o primeiro-ministro estava apenas a querer dizer que esteve sempre implícito poder abrir o capital da TAP”.
“Vamos falando de ziguezagues, mas em 2020 e em relação à decisão de privatizar não há nenhum ziguezague: a decisão foi para impedir que a empresa falisse, não era para ficarmos com 100% da empresa. A decisão de abrir o capital esteve sempre presente desde a primeira hora e foi isso que o primeiro-ministro quis sempre dizer, nunca tive a menor dúvida sobre isso. Houve ali uma correcção, mas é uma correcção que do meu ponto de vista não era necessária”, acrescentou o antigo ministro.
Já sobre os professores, e depois de ter defendido que o Orçamento de Estado poderia ajudar mais os docentes em Portugal, Pedro Nuno defendeu o ministro da Educação.
Considera que João Costa tem conquistado “vitórias importantes” mas, como se fala constantemente do “irritante” tempo de serviço, não se dá merito.
“Seria uma profunda injustiça que um ministro competente e com resultados fosse afastado numa hipotética remodelação”, afirmou.
E, acrescentou, a “linha vermelha” de não recuperar totalmente o tempo de serviço dos professores foi “traçada pelo primeiro-ministro” António Costa.
O Sr. António Costa efetivamente é um político como poucos, penso que só o Sr. Cavaco Silva governou também com muito dinheiro na adesão de Portugal há UE. No entanto, o Sr António Costa vive num dilema, não gasta no necessário para desenvolver o país e sonha com: Não quero a Troica em Portugal, é que foram os governos PS sempre os gastadores