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PCP responde às críticas de Rui Rio sobre o Avante!: “O ridículo não tem limites”

Miguel A. Lopes/ Lusa

O secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa

Na noite de sábado, Rui Rio recorreu ao Twitter para voltar a criticar a realização da Festa do Avante!, comparando-a à realização de concertos com 2.000 pessoas na Alemanha para testar a contaminação de covid-19. A resposta do PCP não se fez esperar.

Na rede social Twitter, o PCP respondeu às críticas do líder social-democrata, dizendo que “o ridículo não tem limites”.

No sábado à noite, Rui Rio comparou a realização da Festa do Avante! com os três concertos simulados na Alemanha para testar o melhor modelo que permita organizar este tipo de espetáculos, evitando a contaminação pelo novo coronavírus. “Portugal está muito à frente porque vai testar com 33 mil na Quinta da Atalaia”, escreveu o líder social-democrata, referindo-se à Festa do Avante!. “O PIB deles é 16 vezes maior do que o nosso e nós testamos com 16 vezes mais público. Nalguma coisa temos de ser maiores”, atirou.

O partido liderado por Jerónimo de Sousa aproveitou a comparação para dizer que o estádio em Leipzig, na Alemanha, é oito vezes mais pequeno do que o espaço da Festa do Avante! e que o evento na Quinta da Atalaia decorre ao ar livre.

O secretário-geral do PCP garantiu este sábado que o partido está a trabalhar para “garantir com êxito” a realização da Festa do Avante!, tomando as medidas de proteção “necessárias”, na sequência da pandemia da covid-19.

“Sim, a Festa [do Avante!], no contexto político excecional que vivemos, tem uma importância e um valor acrescido na afirmação da nossa vida democrática e o seu êxito será um contributo para a luta do nosso povo, para combater o medo e a resignação”, disse Jerónimo de Sousa, no final de um jantar comício do PCP em Nisa, no distrito de Portalegre, sob o lema “Nem um direito a menos. Confiança e luta por uma vida melhor”.

“Saberemos preparar e realizar a festa com as medidas de proteção necessárias. Uma festa que será diferente, mas que continuará a ser aquela festa com um conteúdo político e cultural sem paralelo na vida nacional”, acrescentou.

A troca de críticas não é nova. O líder do PSD cancelou as duas festas de verão do partido, uma decisão tomada “seguindo as regras do bom senso, e de respeito pela lei e pela saúde de todos”, disse, dando a achega ao Partido Comunista Português.

Este mês, Rui Rio disse que mesmo que a capacidade do recinto fosse reduzida em 50%, para 50 mil pessoas, era equivalente a um estádio de futebol, do Porto ou Sporting, completamente cheios. Os estádios ainda não podem ter público nos jogos de futebol.

Nessa altura, o PCP classificou as declarações de ridículas e voltou a frisar que Rui Rio ataca os direitos dos trabalhadores. “Há afirmações tão ridículas que só podem assentar numa aversão sem limites ao PCP e à sua luta pelos direitos dos trabalhadores e do povo”, respondeu o gabinete de imprensa do PCP.

ZAP //

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